A escola delas foi queimada na madrugada desta sexta-feira (19), durante ataque de pistoleiros no lote 96, em Anapu (PA)

Escola do lote 96 foi queimada em atentado nesta sexta-feira (19) (Reprodução)

 

Para garantir que as crianças do Projeto de Assentamento Dorothy Stang continuem frequentando a sala de aula, a Defensoria Pública Agrária de Altamira (PA), solicitou à Secretaria de Educação de Anapu, que providencie local para a manutenção das aulas e período letivo. A escola delas foi queimada na madrugada desta sexta-feira (19), durante ataque de pistoleiros. 

A defensora Bia Albuquerque acolheu denúncias dos trabalhadores e trabalhadoras rurais do lote 96 e acionou também a Delegacia Especializada em Conflitos Agrários de Altamira. Eles já estavam cientes dos acontecimentos e se deslocaram até o local. “Confirmamos com as famílias e elas disseram que a Polícia Militar nesta tarde, estava no local. Também oficiamos a Delegacia de Conflitos Agrários solicitando informações sobre as investigações dos ataques anteriores no lote 96. Enviamos também vídeos e relatos do ataque desta madrugada. Além disso, vamos peticionar, novamente, requerimento para manutenção do policiamento na área”, disse a defensora.

Segundo ela, desde o ataque mais recente, em junho, em que houveram disparos por arma de fogo, ela aguarda que seja atendida em sua solicitação. Talvez, se fosse acolhida em recomendação, mais este atentado contra os trabalhadores rurais não tivesse acontecido.

O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou por nota nesta tarde de sexta-feira (19), dizendo que pediu providências à Secretaria de Segurança Pública e à Polícia Civil do Pará para apurar a nova investida criminosa. Também pediu que seja avaliada a possibilidade de ser mantido policiamento ostensivo no local pelos próximos 15 dias. O Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos também foi acionado, porque uma das lideranças integra o programa por conta de ameaças de morte.