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O corpo do ambientalista Adolfo Souza Duarte, conhecido como Ferrugem, foi localizado neste sábado (6) por socorristas do Corpo de Bombeiros, próximo à 1ª balsa na represa Billings, na região do Grajaú, zona sul de São Paulo. Ele havia desaparecido na segunda-feira após cair na água do local, por volta das 19h30. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.

Segundo o jornal, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que familiares reconheceram o corpo, que goi encaminhado para a Polícia Científica, ligada à Polícia Civil. Os exames periciais já foram pedidos ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML).

Ainda não foi determinada a causa da morte, que foi registrada como suspeita. Dois casais relataram que ele caiu de seu barco quando fazia um passeio pela represa. Uma jovem também teria caído, mas foi socorrida após jogarem um colete salva-vidas. Ela também afirmou que Ferrugem o ajudou a socorrer, mas desapareceu logo em seguida.

“Os que estavam atrás acabaram por cair na água da represa. Ela [a jovem que caiu na água] diz que ele [Ferrugem] a ajudou a levantar, deu indicações de que deveria continuar a bater as pernas, mas ela afirma que, quando se apoiou na boia e olhou de lado, já não mais o viu”, contou à TV Globo a delegada responsável pelo caso, Jakelline Barros.

Familiares do ambientalista, no entanto, não querem descartar a suspeita de crime, especialmente porque Ferrugem era graduado pela Marinha.

“Meu irmão foi uma pessoa do bem, nossa família inteira é assim. Não podemos desejar nada diferente disso”, disse à Folha de São Paulo, Allan Marques, irmão de Ferrugem. “Espero do fundo do coração que a verdade seja revelada, mas, acima de qualquer coisa, nunca vamos nos negar a perdoar quem nos feriu.”

Formado em história, Ferrugem tinha 41 anos. O ambientalista trabalhava na ONG Meninos da Billings, além de ser uma liderança ambiental da região do Grajaú. Ele orientava turistas e moradores na preservação do meio ambiente, mobilizava oficinas e mutirões de limpeza. Ele começou a realizar trabalhos sociais e ambientais na região após a morte do filho, Miguel, 9, há 10 anos.