O Brasil também será representado pela deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), cotada para voltar ao Ministério do Meio Ambiente

Lula e Marina Silva estão confirmados na COP27, no Egito. Foto: Ricardo Stuckert

A presença do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), que acontecerá entre os dias 6 e 18 de novembro em Sharm El Sheikh, no Egito, será a primeira oportunidade de recolocar o Brasil no palco internacional, com a retomada de diálogo com países que se mantiveram distantes do governo Jair Bolsonaro.

A presença de Lula na COP27 foi confirmada nesta quarta-feira (2) pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. A questão ambiental tem sido colocada por Lula como uma pauta central no diálogo com outros países. O petista foi convidado a integrar a comitiva do governador do Pará, Helder Barbalho, em nome do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, e aproveitará o evento para reforçar ao mundo seu compromisso com a agenda ambiental.

O Brasil também será representado pela deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) que vai à COP27 como ambientalista. Marina é cotada para voltar ao Ministério do Meio Ambiente e aponta para a possibilidade do Brasil voltar a ser protagonista na agenda ambiental mundial.

Até o momento não foi confirmada a ida de Bolsonaro para a COP27 e o pavilhão oficial do governo brasileiro deve ficar esvaziado. Em frente a ele, o espaço reservado ao Brazil Climate Action Hub, da sociedade civil, deve atrair as atenções.

Durante o governo Bolsonaro, o Brasil foi pressionado pela comunidade internacional, incluindo europeus e americanos, pela alta nas queimadas na região da Amazônia.

Parcerias

Lula recebeu a ligação de cerca de 20 líderes internacionais na segunda-feira, 31, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que já declarou a intenção de ser parceiro do Brasil no combate as mudanças climáticas. “Ele (o presidente americano) falou do clima. Ele fala uma coisa interessante, que ele sempre sonhou com uma parceria dos Estados Unidos com o Brasil”, afirmou o ex-chanceler Celso Amorim.

A preocupação climática está no centro das prioridades da agenda internacional de Biden, o que causou atritos com Bolsonaro.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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