“Para as coisa que não são naturais, cabem mudanças”. Aava Santiago quer mudar a estrutura do Estado e o apagamento das violências sofridas pela população

Foto: Lincoln Leão

“As pessoas me perguntam muito, dentro do meu campo de partida, como que você consegue ser, dizer que é evangélica e ser feminista?” Aava Santiago responde a esse questionamento perguntando como ela, como cristã, não poderia estar permanentemente inconformada com as injustiças produzidas no Brasil e em seu estado, Goiás. A atual situação é de fome e extrema pobreza, além das inúmeras violências que acontecem todos os dias, e Aava não silencia diante disso, atua desde que se entendeu como ser político para combater essas opressões.

“Como que eu posso me dizer discípula, adepta que seja, dessa cosmovisão de fé e não me inconformar com a perseguição, com a injustiça, com a opressão, com relações de poder distorcidas e, sobretudo, com a fome e com as desigualdades?” Aava, que foi eleita vereadora em Goiânia em 2018, é socióloga, evangélica, mãe, esposa, e está vereadora em Goiás, onde preside as comissões de Educação e Direitos Humanos, coordena a Ouvidoria da Mulher e é membra da Mesa Diretora. Ela foi criada na zona oeste do Rio de Janeiro, e conviveu com muitas violências que foram normalizadas, como crianças e adolescentes assassinados e cotidiano que segue, como se fosse algo comum.

“Com 12 anos de idade, eu já tinha ido em dez enterros de colegas, e é impressionante como a nossa tragédia é incorporada ao cenário, como se fosse algo natural”. Aos 14 anos, estudante em escola pública e trabalhando durante as tardes e noites entregando comida, Aava decidiu que ia estudar pra mudar isso. Sua vida era atravessada pelas negligências do Estado, e ela conseguiu ver que não há nada de normal nisso. Não sabia como fazer, mas ela sabia que era necessário se mexer para mudar a realidade.

“A minha maior prioridade, e é triste responder isso, porque eu me sinto voltando aos anos 90, é o combate à fome e a redução das desigualdades, e a minha principal entrega é atuar no combate à fome dando condições para que mulheres, especialmente as mães e suas crias, as mães trabalhadoras, se estabeleçam de forma digna no mundo do trabalho”.

Campanha de Mulher

Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.

A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.

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