Foto: Divulgação / Polícia Civil

A Polícia Civil do Pará deteve nessa terça-feira, 13, o contramestre fluvial Marcos de Souza Oliveira, em caráter preventivo. Ele foi o comandante da lancha Dona Lourdes II, que naufragou na ilha de Cotijuba, na quinta-feira, 8, com ao menos 89 pessoas a bordo, de acordo com Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), e levou à morte de 22 pessoas e o resgate de 66 sobreviventes.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), tornou pública a prisão de Marcos pela sua conta no Twitter, informando que ele foi detido em Ananindeua. O advogado do contramestre, Dorivaldo Belém, afirmou que ele foi detido quando estava prestes a se entregar às autoridades. “Já tínhamos comunicado ao juiz e ao delegado que ele se apresentaria hoje. Ficou combinado que ele faria isso esta manhã, às 10h”.

O advogado disse que já havia comunicado ao juiz e ao delegado, mas o contramestre se sentiu mal e pediu uma extensão do prazo, e a polícia o prendeu antes disso. A Agência Brasil, informou que Marcos classificou a tragédia como um “acidente causado pela força da natureza”, e que deixou o lugar onde estavam os sobreviventes por medo de ser agredido.

A Segup informou que resta uma vítima desaparecida do naufrágio, a criança identificada como Sophia Loren Andrade dos Santos, de 4 anos. O advogado disse também que de acordo com Marcos, havia 82 coletes salva-vidas a bordo e 4 boias de apoio, e que não havia superlotação na embarcação, porém admitiu não haver autorização para operar no trajeto entre Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, e Belém. Ele operava no trecho há cerca de 6 meses, e passou a utilizar o Dona Lourdes II após ter duas embarcações apreendidas exatamente por estarem sendo usadas para transporte irregular de passageiros.