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A cantora e compositora Cinara Gomes se apresentava no Saruê Bar, na unidade de Castelo, em Belo Horizonte (MG), quando jovens começaram a proferir discursos de ódio da sacada de um prédio vizinho ao estabelecimento.

Cinara conta que eles imitavam macacos para ofender ela e os outros presentes na roda de samba. “Fazendo gestos ofensivos e imitando macacos, tentaram, e conseguiram, me constranger e me desestabilizar enquanto eu cantava”, escreveu a cantora em suas redes.

“Na ocasião, minha reação foi perguntar o que estava acontecendo, já que não havia motivo para se dirigirem a nós daquela forma. Relatei meu descontentamento com a falta de respeito a mim, aos meus e ao meu trabalho. Encerrei o samba com uma tristeza profunda”.

Naquele momento, ela falou que chamaria a polícia e o fez. Os policiais chegaram ao local por volta das 23h30, cerca de cinco horas após o ocorrido. Conforme informações da PM, os policiais interfonaram no apartamento dos acusados mas ninguém se manifestou. A PM recebeu o depoimento da cantora, que registrou boletim de ocorrência, e afirmou que a 4ª Delegacia de Plantão Noroeste segue em investigação sobre o crime.

O Saruê bar, a quem Cinara agradeceu pelo apoio, fez uma nota em repúdio ao acontecido por meio do qual também mobiliza vítimas do ato racista para uma construção conjunta da denúncia contra os agressores. “Diante do ocorrido, estamos tomando todas as medidas judiciais cabíveis e apoio às vítimas, que se pronunciarão quando sentirem vontade”, afirmou em publicação.

No último domingo (20), Cinara promoveu um ato contra o crime de racismo e em respostas aos ataques que sofreu.