Por Fernanda Damasceno

Na semana da Consciência Negra, listamos alguns artistas negros da região Amazônica que vem, através da música, colocando no mundo um pouco de suas culturas e vivências, levando ainda mais longe as vozes da Amazônia. 

Que tal conhecer esses artistas e adicionar novas sonoridades à sua playlist?

Maya Dourado

Do Acre, Maya é poeta, slammer, artista e escritora. Vocalista da Banda Planeta Elemental, cujo trabalho está disponível nas plataformas de streamings, Maya escreve músicas e poemas cujas letras trazem um pouco de suas vivências enquanto pessoa nortista, seu contato com a cultura acreana e a busca na arte de uma fuga para problemas como a violência no campo e o desmatamento, sem deixar de lado a consciência política.  

Karen Francis

Nascida em Maués, no interior do Amazonas, a cantora teve desde cedo influências musicais dentro de casa que foram fundamentais para a arte que cria hoje em dia: sua mãe, natural de Moçambique, trouxe na bagagem os ritmos africanos, já o seu pai, missionário, foi cantor em grupos de pagode.

Atualmente, Karen faz parte da nova MPB, com influência de Afrobeats, além do indispensável R&B. A cantora conquistou muitas vitórias esse ano: tocou em eventos internacionais como o Primavera Sounds e AfroPunk Bahia, foi uma das selecionadas para o YouTube Black Voices de 2023 e foi a primeira artista amazonense indicada ao prêmio Multishow.

Tani

 

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Do Amapá para o mundo: cantora, compositora, artesã e ativista negra, Tani lançou o EP “O Que Eu Queria Ter Feito Antes”, onde ela fala sobre ancestralidade e autocuidado enquanto uma pessoa negra que conseguiu ressignificar seus traumas. O projeto, disponível nas plataformas digitais, foi dirigido pelo músico Anthony Barbosa e teve a produção musical de Hian Moreira.

ENME

ENME é uma artista queer natural do Maranhão, produtora cultural, cantora, compositora e rapper, a artista mistura o reggae, ritmo que faz muito sucesso em seu estado, com batidas de funk e afrobeats. Atabake, seu disco mais recente, foi produzido durante a pandemia e traz influências regionais de onde a artista mora. 

Arthur da Silva

O paraense Arthur da Silva é conhecido nas noites paraenses por embalar com sua voz marcante bregas que não deixam ninguém parado. Seu EP ‘Tese Brega-Soul’ , tem como inspirações Mauro Cotta, Reginaldo Rossi e Tim Maia. A música “Vertigens” ganhou um videoclipe recentemente, que já está disponível no YouTube.

Deborah Castolline

Deborah começou a cantar com 5 anos de idade, no estado onde nasceu, em Rondônia. Em 2022, a artista participou do The Voice Brasil e teve as quatro cadeiras viradas para ela. Atualmente mora em São Paulo, onde concilia a carreira de cantora com a de professora de canto.

Euterpe

Natural de Boa Vista, Roraima, Euterpe tem cinco álbuns lançados, e tem em seu repertório influências da música regional, Bossa Nova e Internacional. Cantora da nova MPB, a artista iniciou sua trajetória musical aos sete anos como integrante do Coral da Escola de Música de Roraima. Desde então, seu talento a fez ir longe, tendo vencido diversos prêmios e já tendo feito uma turnê pelos estados da Amazônia Legal.

Conduta do Gueto

Grupo de Rap do Mato Grosso, na ativa desde 2008, Conduta do Gueto sempre foi um grande nome da cena hip-hop do estado, especialmente por suas letras tratarem dos problemas que assolam a periferia, com versos que buscam levar denúncia e informação.

Braguinha Barroso

Nascido em 1954 em Tocantinópolis, no norte do estado do Tocantins, o cantor e compositor Braguinha Barroso é uma importante figura da cultura tocantinense, chegando a compor o hino da capital do Tocantins, Palmas. Com três discos, diversos prêmios, homenagens e apresentações históricas, o compositor passeia por músicas com letras românticas até músicas de protesto, sabendo equilibrar diversos gêneros durante suas apresentações.