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Manuela D’Ávila venceu uma ação na Justiça contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) depois da bolsonarista veicular uma montagem de d’Ávila caracterizada como “diabo” e chamá-la de genocida.

Zambelli foi ordenada pelo Tribunal de Justiça a pagar uma indenização e apagar a postagem em questão, que foi feita em fevereiro de 2022 e tinha como alvo, além de Manuela, as deputadas federais Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). As três apareciam na foto divulgada por Zambelli caracterizadas como o diabo, com chifres e olhos vermelhos, e eram chamadas de “genocidas”.

“É difícil explicar ou colocar em palavras os tipos de consequência que existem quando a gente é vítima de maneira permanente desse tipo de conteúdo de ódio. Existem as consequências psíquicas, para a saúde física, de violência real e das ameaças que derivam disso. Eu e minha família fomos colocados em risco permanente por causa disso”, explica d’Ávila à Marie Claire ao comentar a decisão da Justiça.

Manuela ainda reforçou que a decisão é uma forma educativa de dar uma resposta ao ato criminoso, mas não é suficiente.”A indenização não paga (nem apaga) o que eu e minha família vivemos juntos nos últimos anos. Não apaga a violência, as ameaças, as consequências reais na minha saúde física e mental por sofrer esses ataques misóginos virtuais. Mas, de algum modo, faz justiça.”