Boy magia ou boy lixo? Conduta de Jove, em Pantanal, abre debate sobre relacionamento tóxico

Foto: Reprodução / TV Globo

Shipando ou não o casal Jove e Juma, da novela Pantanal, da TV Globo, não há como negar que a conduta do galã da trama de Benedito Ruy Barbosa está dando o que falar nas redes.

Interpretado pelo ator Jesuíta Barbosa, Jove (ou Juventino), é um jovem que foi afastado, quando bebê, do Pantanal, onde vivia com os pais. Morando com a mãe no Rio de Janeiro durante 20 anos, ele volta à fazenda do pai e se defronta com a realidade do campo. Ao defender os princípios do veganismo e confrontar os peões quando foi vítima de homofobia, o personagem parecia conquistar o público por seus valores. Mas não permaneceu assim.

Em um episódio em que Jove resolve tirar a roupa para tomar banho de rio em frente à Juma Marruá (Alanis Guillen), com quem viverá um romance, a web começou a associar o personagem à palavra “tóxico”, entrando nos assuntos mais comentados do dia. “Qual foi Juma, deixa de bobagem! É só um corpo! Igual o seu”, disse o personagem à Juma. Libertário demais? A menina-onça havia afirmado que nunca tinha visto um homem nu.

Para o público, Jove tentou uma aproximação forçada na sequência da cena. “Jove tirar a roupa na frente a Juma, sem ela consentir. Hétero topo, tóxico, abusivo ou não?”, questionou um usuário.

“Jove vem com esses papos esquerdomacho pra cima do pai mas na hora de tomar banho no rio com a juma tira a roupa do nada na frente dela e ainda mente fingindo que não vai relar nela”, escreveu outro telespectador. Naquele mesmo episódio Jove havia confrontado o pai após ouvir xingamentos homofóbicos.

A conduta voltou a agitar a web quando Jove levou Juma ao Rio de Janeiro, somente com a roupa do corpo, em uma ação um tanto inconsequente. Em alguns momentos na cidade maravilhosa, ela pede para voltar. “Eu me irrito toda vez que Juma pede pra ir embora e Jove age como se ela estivesse pedindo muito. Mona, você que sequestrou ela”, escreveu um perfil.

Neste caso, houve quem defendesse que o percurso do casal no Rio de Janeiro perdeu o romantismo da versão anterior, de 1990.

Nas cenas veiculadas nesta semana, talvez Jove tenha sofrido seu maior julgamento na web. “Jove tinha uma relação de mais de um ano com Nayara, eram ‘ficantes fixos exclusivos’, e de repente o jovem Jove some, sem dar nenhuma explicação, quando reapareceu foi apaixonado por outra pessoa! A paixão é imprevisível, mas faltou o mínimo de cuidado e de responsabilidade afetiva!”, escreveu a influencer Maíra Azevedo, a Tia Má.

“Na novela, a gente compreende que ela merece passar por isso, porque é chata, e está apenas querendo lacrar com a relação na rede social…mas na vida real, esse tipo de sumiço, de desaparecimento sem explicação adoece e faz quem é abandonado sentir culpa e acreditar que não sabe se relacionar… Quer ir embora, vá… mas tenha ombridade para falar! Na novela e na vida”.

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Escrita há 32 anos e adaptada pelo neto do autor, Bruno Luperi, a novela chegou a passar por algumas mudanças conforme a lupa moral dos novos tempos. Diversos temas já foram colocados em debate nas redes provocadas a partir das leituras das duas versões de Pantanal, relacionando liberdade feminina, homofobia e, claro, machismo e relacionamentos tóxicos. Se depender da versão anterior, o galã da atualidade vai manter a postura ou se transformar diante do público? Veremos nos próximos capítulos.