Desde que perdeu as eleições, Bolsonaro trabalhou apenas 17h no total e passou a ser usuário mais ativo no Linkedin, plataforma voltada para quem procura emprego

Por Mauro Utida

Desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno eleitoral, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) tem feito uma média de uma hora por dia de jornada de trabalho do Palácio da Alvorada, a residência oficial. Do dia 31 de outubro até esta sexta-feira (18), Bolsonaro trabalho apenas 17 horas no total. O levantamento foi feito pela Mídia NINJA, com base nas agendas oficiais do presidente da República que foram divulgadas.

Dos 19 dias consultados, o presidente só teve compromissos em 13 deles e não trabalhou em nenhum final de semana. Durante este período, Bolsonaro trabalhou uma média de 3h34 por dia. Para efeitos de comparação, os estagiários que trabalham na Presidência da República são contratados para jornadas de 6h diárias.

Ao todo, as 17 horas trabalhadas no período, equivale a pouco mais de duas jornadas de oito horas praticadas pela maioria da população empregada. Nas agendas de Bolsonaro, o compromisso mais longo teve seis horas de duração, na última sexta-feira (11), quando teve quatro reuniões seguidas com secretários de governo. Foi o dia que terminou mais tarde também, as 19 horas, comparado com a maioria dos dias em que os compromissos são marcados na parte da manhã.

Nesta sexta-feira (18), por exemplo, Bolsonaro se reuniu das 9h às 9h30, com Luiz Antônio Nabhan Garcia, Secretário Especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Bolsonaro migrou para o Linkedin

Desde que perdeu as eleições, Bolsonaro também mudou seu comportamento nas redes sociais. Antes, ele era um usuário ativo no Instagram e no Twitter, mas agora, o queridinho do presidente passou a ser o Linkedin, uma plataforma voltada para negócios e para quem procura emprego.

O perfil de Bolsonaro no Twitter foi atualizado apenas três vezes desde o resultado do segundo turno. Enquanto isso, as publicações no Linkedin oficial do presidente eram — e continuam sendo — diárias. Por lá, ele tem mais de 348 mil seguidores, um número alto para usuários da plataforma, mas baixo para o que Bolsonaro acumula em outras redes.

Na última quarta (16), Bolsonaro usou suas contas no Twitter para divulgar o link para o seu perfil no Linkedin.

Por ser uma plataforma mais profissional, a linguagem usada pelo presidente na rede também é diferente da que ele costuma usar em outros espaços. Seguindo o padrão de postagens dos usuários do site, o perfil de Bolsonaro fala sobre obras, projetos e programas realizados durante seu governo, sendo uma espécie de porftólio presidencial.

Além de mostrar na rede que tem experiência como Presidente da República e como político, Bolsonaro adicionou “estratégia”, “resolução de problemas” e “governo” em sua competências.

Com informações do Jornal Extra

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