Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Jair Bolsonaro comentou nesta quarta-feira a campanha de abstinência sexual da ministra Damares Alves (Mulher e Direitos Humanos). Ele afirmou que “uma pessoa com HIV, além de ser um problema sério para ela, é uma despesa para todos aqui no Brasil”.  O presidente relatava o caso de uma jovem que supostamente teve o segundo filho aos 15 anos e que contraiu HIV na terceira gravidez.

O SUS (Sistema Único de Saúde) distribui gratuitamente todos os medicamentos antirretrovirais desde 1996, e há 7 anos, o governo provê tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV), independentemente da carga viral.

O que Bolsonaro não sabe é que saúde é um direito fundamental. Cerca de 866 mil pessoas no Brasil vivem com HIV-AIDS. Para esse governo, há vidas que são descartáveis, e que não cabem em seu projeto necropolítico.

Segundo Drauzio Varela, o Brasil tem um dos melhores programas de HIV/aids do mundo. Um programa que revolucionou o tratamento e reduziu a velocidade de disseminação da epidemia mundial ao adotar, em 1996, uma política de distribuição gratuita de medicamentos. Mas com um discurso desses, Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) saem deslegitimados.

Assista o vídeo:

Confira o posicionamento de alguns parlamentares: