Crime aconteceu em plena luz do dia em frente à estação das barcas, no Centro de Niterói

Foto: Reprodução

Yago dos Santos, jovem negro de 21 anos, vendedor de balas, morreu baleado no Centro de Niterói na tarde desta segunda-feira (14). Testemunhas contam que o autor do disparo foi um policial militar, que não estava em serviço, e seria segurança do Plaza Shopping. Antes do crime, Yago, que estava desarmado, oferecia seus produtos e começou uma discussão com o policial. O caso ocorreu em frente à estação das barcas.

Na versão da Polícia Militar, o policial assassino reagia a uma tentativa de roubo na Praça Arariboia e foi interrompido por Yago. Ele não teve a identidade revelada e foi levado à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Sua arma foi apreendida. O outro homem que teria sido a vítima da tentativa de roubo também foi prestar depoimento.

Um manifesto ocorreu na área do crime, envolvendo familiares de Yago, com gritos de dor e revolta. Diante da confusão, a Guarda Municipal de Niteroi chegou a jogar spray de pimenta contra os manifestantes. Vídeos mostram uma criança de colo sendo atingida.

“Todo dia uma pessoa é morta no estado do Rio por ser preta. Durval, Moïse, Kathlen, João Pedro, Ágatha. Não é mais possível continuar vivendo sob essa tragédia do racismo”, escreveu a deputada federal Tálira Petrone, de Niteroi.