Com o tema “Nosso marco é ancestral. Sempre estivemos aqui”, os indígenas brasileiros chegam à Brasília, entre os dias 22 a 26 de abril, para demarcar a edição de 20 anos do Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do Brasil.

A expectativa é que o ATL 2024 seja o mais participativo de toda a história, tanto em número de pessoas, quanto de representatividade de povos. É o momento de nos unirmos nas assembleias e debater os próximos caminhos”, diz Kleber Karipuna, coordenador executivo da Apib.

Programação

Entre plenárias, marchas e apresentações culturais, o enfrentamento ao Marco Temporal é um dos temas centrais do ATL, pois as violências contra os povos indígenas têm se intensificado.

Foto: Oliver Kornblihtt / Mídia NINJA

Outro tema que vai ganhar destaque na programação é sobre o suicídio entre indígenas. Um estudo feito por pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard (EUA) e do Cidacs/Fiocruz Bahia (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz), apontou que a população indígena lidera os índices de sucídio e autolesões no Brasil, mas tem menos hospitalizações.

“É sufocante ver isso. Há mais de 500 anos lutamos pela nossas vidas e territórios, mas a violência contra nós foi legalizada no ano passado com a aprovação da lei do genocídio. Por isso, o marco temporal é tema e o principal debate do ATL 2024. O Brasil é Terra Indígena e o acampamento irá evidenciar ainda mais isso”, diz Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Apib.

Além disso, o ATL está com inscrições abertas para quem quiser fazer parte da cobertura colaborativa do evento, através do site da APIB.

Foto: Oliver Kornblihtt / Mídia NINJA

O Acampamento Terra Livre é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e suas sete organizações regionais de base, sendo elas: Apoinme, ArpinSudeste, ArpinSul, Aty Guasu, Conselho Terena, Coaib e Comissão Guarani Yvyrupa.

Para mais informações acesse https://apiboficial.org/