Foto: Animal Equality

Ativistas da organização Animal Equality levaram mais de 70 gaiolas, usadas para aprisionar galinhas poedeiras, para a frente do escritório do Grupo Pão de Açúcar (GPA), na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, em São Paulo. Essa é a 8ª vez que a organização protesta para pedir que até 2028 os supermercados da rede que incluem Extra, Assaí, Pão de Açúcar e Compre Bem, não vendam mais ovos de galinhas confinadas.

O GPA assumiu apenas um compromisso parcial de adquirir ovos de galinhas criadas livres de gaiolas, que se restringe somente às marcas próprias, Qualitá e Taeq, deixando de fora todos os demais fornecedores de ovos. Mais de 100 empresas líderes no setor de alimentos, incluindo os supermercados Carrefour, Walmart St. Marchê, já se comprometeram a banir de suas listas de fornecedores aqueles que mantiverem as galinhas poedeiras confinadas.

“Essa é uma questão não somente de bem-estar animal, mas de saúde das pessoas que consomem ovos. Pesquisas científicas demonstram que as galinhas confinadas em gaiolas têm uma chance maior de serem contaminadas por Salmonella (doença transmitida ao homem pela ingestão de alimentos contaminados com fezes animais)”, diz Taís Toledo, gerente de responsabilidade Social Corporativa da Animal Equality Brasil.

A organização investigou fornecedores de ovos do Pão de Açúcar e constatou que as galinhas ficam em gaiolas imundas e superlotadas. “As gaiolas são minúsculas, impedindo que as galinhas tenham comportamento típicos da espécie, como ciscar e bicar o chão, fazer postura em ninho, tomar banho de areia, empoleirar, esticar-se e bater as asas”, explica Toledo. Na tentativa de se livrar das gaiolas, muitas galinhas se machucam nas grades. Outras desenvolvem osteoporose por falta de exercício.