Bento Albuquerque discutiu sobre a venda de ativos da Petrobras e a possibilidade de o Brasil se juntar à Opep+

Foto: reprodução/montagem/Agência Brasil

Durante a viagem em que recebeu joias milionárias do regime da Arábia Saudita para entregar a Jair Bolsonaro (PL), o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, discutiu sobre a venda de ativos da Petrobras e a possibilidade de o Brasil se juntar à Opep+, uma versão mais ampla da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A informação foi revelada pelo G1, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Na ocasião, foram entregues duas caixas de joias, sendo uma apreendida pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos e a outra incorporada pelo presidente da República em seu acervo pessoal. Houve ainda uma terceira caixa de joias, entregue diretamente a Bolsonaro pelos sauditas em outra ocasião.

As caixas contêm relógios de ouro e diamantes, canetas, abotoaduras, rosários e diversos outros itens de marcas de luxo e alto valor de mercado. O recebimento das joias gerou investigações por parte da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), além de ações do Tribunal de Contas da União (TCU). As joias foram devolvidas após decisão do TCU. Elas estavam abrigadas em uma fazenda de Nelson Piquet, apoiador do bolsonarismo.

Além disso, a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado quer investigar se os presentes podem ter sido uma forma de propina em troca da venda de uma refinaria da Petrobras na Bahia. O senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que deseja saber se a refinaria Landunpho Alves, vendida ao fundo árabe Mubadala Capital, teria relação com o episódio, como publicou a NINJA