O atual episódio de branqueamento é o quarto registado pela NOAA desde 1985. Os anteriores foram observados em 1998, 2010 e 2016

Foto: Thales Vidal/PeldTams

O branqueamento de corais é resultado do aumento das temperaturas dos oceanos, e isto ameaça não apenas os próprios recifes, mas também os ecossistemas marinhos e as comunidades humanas que dependem deles. É alarmante ver que este fenômeno está ocorrendo em uma escala global e com uma frequência cada vez maior, refletindo os impactos da emergência climática, apontam especialistas.

O atual episódio de branqueamento é o quarto registado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) desde 1985. Os anteriores foram observados em 1998, 2010 e 2016.

“A escala e a gravidade do branqueamento em massa dos corais são uma prova clara dos efeitos nocivos das alterações climáticas hoje”, disse Pepe Clarke, da organização não governamental (ONG) ambiental WWF.

A NOAA estima que o planeta já perdeu de 30 a 50% dos seus recifes de coral e que eles poderão, sem grandes alterações, desaparecer completamente até o fim do século, aponta a agência Lusa.

Especialistas apontam que este cenário é reversível. Existem métodos que podem reduzir os fatores de estresse adicionais, como a pesca excessiva e a poluição, além da diminuição das emissões de gases de efeito estufa para conter o aquecimento global.

Essa situação exige uma ação global e coordenada para proteger os recifes de coral e os ecossistemas marinhos como um todo. O impacto desses eventos não se limita apenas à vida marinha, mas tem implicações diretas nas economias locais, na segurança alimentar e na sustentabilidade das comunidades costeiras.