Lula será recebido como chefe de Estado em Lisboa pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro do país, Antônio Costa

Lula e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, se encontraram em São Paulo durante a pré-campanha presidencial, em 3 de julho. Foto: Ricardo Stuckert

Após três dias em Sharm El-Sheikh, no Egito, onde participou da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja a Portugal onde será recebido como chefe de Estado, mesmo sem ter tomado posse.

O petista terá reuniões bilaterais nesta sexta-feira (18) com o presidente do país lusitano, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, Antônio Costa, em Lisboa. Trata-se da primeira viagem de Lula como presidente eleito do Brasil.

Lula tem como missão retomar as relações com o país europeu, abalada pelo distanciamento nos últimos quatro anos pelo presidente Jair Bolsonaro que não economizou desfeitas ao presidente português, Marcelo Rebelo de Souza.

Nas duas últimas vezes em que o presidente português esteve no Brasil, teve um almoço com o atual ocupante do Palácio do Planalto cancelado e, nas cerimônias do Sete de Setembro, foi trocado pelo empresário apoiador do governo Luciano Hang, imagem que rodou o mundo e causou aversão no Palácio de Belém.

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Participação na COP27

Lula foi convidado publicamente pelo presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, para participar da COP27 e desembarcou no país na madrugada de terça-feira (15), em Sharm El-Sheikh.

No primeiro dia, o petista fez uma extensa agenda com autoridades do clima dos Estados Unidos, da China e da Espanha. Mais tarde, o petista falou na “blue zone” da COP, onde ocorrem as negociações.

O presidente eleito afirmou que seu governo vai priorizar o combate às mudanças climáticas, cobrou recursos de países ricos e propôs uma aliança global pelo fim da fome.

Na manhã dessa quinta (17), Lula reuniu-se com representantes da sociedade civil, do Brazil Hub. O petista criticou o atual governo e prometeu retomar conferências nacionais para ouvir a população. Também disse que é preciso pensar em responsabilidade social, não somente em responsabilidade fiscal.

Durante a tarde, ouviu de representantes indígenas dos sete continentes (África, Ásia, Pacífico, América Latina e Carine, América do Norte, Ártico e Europa Ocidental e Rússia) que é um herói e um líder para o povo.

Em paralelo, teve reuniões com Guterres e autoridades da Noruega e da Alemanha.

Com informações do Portal Metrópoles e Correio Braziliense

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