A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) foi atacada durante a fala do Pastor Isidório, que resgatou um argumento utilizado por transfóbicos para desqualificar a condição de gênero

Foto: reprodução/TV Câmara

Em mais um dia caótico na Câmara dos Deputados mais conservadora da história do Brasil, a votação na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família o PL nº 5.167/09, onde estabelece que nenhum relacionamento de pessoas do mesmo gênero pode ser considerado como casamento foi mais uma vez adiada, após uma sessão tulmutuada e com ataques aos direitos LGBTQIA+.

A comissão tinha a previsão de votar o PL ainda nesta terça-feira (19). Porém, desde às 11h da manhã, ativistas e militantes de organizações pró-direitos LGBTQIAP+ se mobilizaram para ocupar o plenário 4 da câmara e pressionar os parlamentares para que houvesse uma audiência pública, onde especialistas e a sociedade civil possam ser ouvidos sobre o tema. Após mais de 5 horas de mobilização, a votação foi enfim adiada.

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) foi atacada durante a fala do Pastor Isidório, que resgatou um argumento utilizado por transfóbicos para desqualificar a condição de gênero.

Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal julgou que relacionamentos homoafetivos têm direito a união civil, reconhecendo então que pessoas do mesmo gênero constituem núcleo familiar no Brasil. Este julgamento é visto como um marco vitorioso, que possibilitou que mais de 100 mil pessoas declarassem seus vínculos no país.

A audiência pública está prevista para acontecer na próxima semana na comissão de Previdência e Família da Câmara.