Alguns comerciantes tiveram que fechar as portas por falta de luz, enquanto outros tiveram que reduzir o horário de funcionamento

Foto: reprodução/Enel
O apagão que atingiu São Paulo na última sexta-feira, 4 de novembro, ainda deixa mais de 100 mil pessoas sem energia elétrica nesta quarta-feira, 8 de novembro. Segundo a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia no estado, os trabalhos de reparos estão em andamento, mas a previsão de normalização do fornecimento ainda é incerta, e o atraso gera críticas e manifestações populares.
Os bairros mais afetados pelo apagão são Capão Redondo, Campo Limpo, Cidade Dutra, Jaraguá, Lapa, Pirituba, Santana, São Miguel Paulista e Vila Maria. Moradores desses bairros relatam dificuldades para realizar tarefas básicas, como cozinhar, estudar e trabalhar.
Comércios e indústrias também são afetados
O apagão também causou prejuízos para comércios e indústrias. Segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o prejuízo estimado para o setor é de até R$ 126 milhões.
Alguns comerciantes tiveram que fechar as portas por falta de luz, enquanto outros tiveram que reduzir o horário de funcionamento. As indústrias também foram afetadas, com prejuízos na produção e no transporte de mercadorias.
Governo do estado promete indenização, mas falha
O governo do estado de São Paulo prometeu indenizar os moradores que sofreram prejuízos com o apagão. A indenização será de R$ 100 por dia sem luz, limitado a R$ 500, o que não atende às principais reivindicações de ressarcimento de perda de produtos e eletrodomésticos provocada pela ausência de energia. A solicitação deverá ser feita até o dia 30 de novembro pelo site da Enel, o que prejudica pessoas sem acesso à internet.
Moradores e comerciantes que sofreram prejuízos com o apagão também estão ingressando com ações judiciais contra a Enel. As ações pedem indenização por danos morais e materiais.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nessa segunda-feira (6) que o governo federal vai notificar a concessionária Enel, responsável pelo apagão que, desde a última sexta (3), deixou sem energia milhões de pessoas na capital paulista e em outros municípios do estado. Além de interromper o fornecimento do serviço essencial, a empresa não prestou atendimento aos usuários. Bloqueou canais e se limitou a dizer, pelas redes sociais, que “trabalhava incansavelmente”.
“O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, vai notificar a concessionária de energia elétrica em São Paulo para explicar a interrupção nos serviços essenciais. Outras iniciativas serão anunciadas pelo secretário (Wadih Damous)”, anunciou Dino em suas redes sociais.
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