Foto: Partido Socialista de Portugal

O Partido Socialista (PS), do primeiro-ministro António Costa, venceu as eleições legislativas deste domingo (30) em Portugal e conquistou a maioria absoluta do Parlamento, com 41,68 % dos votos (quase +6% a mais que em 2019), o que corresponde a pelo menos 117 deputados, de um total de 230 eleitos para a Assembleia. Com isso, chega ao fim o modelo da “Geringonça” que durante dois mandatos governou o país e representava a união entre PS, Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português para conseguir o número de deputados suficiente para a formação de Governo.

O Bloco de Esquerda, que em 2019 era terceira força política em Portugal com 19 deputados, perdeu lugares no Parlamento e tem agora cinco deputados, sendo o quinto partido com mais votos. O Partido Comunista passou de 12 para seis deputados.

O campo democrático vê ainda com preocupação o crescimento do Chega, partido de extrema-direita que foi fundando em 2019 e no primeiro ano de fundação elegeu o primeiro deputado; nas eleições do passado domingo, o partido liderado por André Ventura teve 7,15% dos votos, se tornou terceira força política e elegeu 12 deputados (11 homens e uma mulher).

Pela primeira vez desde o fim do salazarismo em 1974, a extrema-direita portuguesa pesa no debate político com seu discurso xenófobo defendendo uma agenda anti-imigração, contra os direitos humanos contra o aborto legal e abertamente contrária aos movimentos LGBTQI+

Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, resumiu: “Cada deputado racista no Parlamento é um deputado a mais. Cá estaremos para combater”.

Correspondência colaborativa da @qinews.pt