Objetivo é desmilitarizar a atuação da Abin, órgão responsável por fornecer informações estratégicas para o governo federal

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Por Cley Medeiros

Dois meses depois de falhar em informar sobre a preparação de atentados golpistas que levaram à invasão de Brasília, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sai do guarda-chuva do Gabinete de Segurança Institucional, controlado por militares, e passa a integrar a Casa Civil, sob comando do ex-governador da Bahia, ministro Rui Costa (PT).

A decisão foi tomada pelo presidente Lula (PT), e é vista como um recomeço da estrutura que foi aparelhada fortemente pelo bolsonarismo. No governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PL), a agência tinha como cadeia de comando a chefia interina de Victor Felismino Carneiro, após o escândalo da nomeação de Alexandre Ramagem, amigo íntimo da família Bolsonaro. O GSI era dirigido pelo general bolsonarista Augusto Heleno.

A Casa Civil deve oficializar o delegado aposentado da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa como novo chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nos próximos dias, conforme apurou o Jota.

A expectativa é de que o nome de Corrêa seja publicado no Diário Oficial da União nos próximos dias. Ele foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma reunião no Palácio do Planalto em fevereiro.