As 579 árvores da Av. Juracy Magalhães e Av. Acm, os Rios Lucaia e Camarajipe, os animais que ali residem e população frequentadora, constituem um ambiente de vida que é fundamental para a cidade de Salvador.

O projeto BRT Lapa Iguatemi da Prefeitura de Salvador, que está em licitação, tem como objetivo derrubar estas 579 árvores e tamponar  os rios, destruirá a natureza. As vias elevadas não resolverão o problema do engarrafamento que, segundo especialistas, na verdade há o risco de piorar esse problema.

A alternativa que atende perfeitamente a necessidade é a utilização das vias e dos ônibus já existentes, em faixas exclusivas de ônibus com monitoramento eletrônico total pelo sistema BHLS. O metrô também já cumpre a função de transportar da Estação da Lapa à Estação Rodoviária, e transportou, em maio deste ano, uma média diária de 80 mil pessoas.

O custo estimado inicialmente em mais de 800 milhões de reais faz do projeto o mais caro do Brasil. Isso sem considerar os valores dos ônibus a serem comprados, os aditivos contratuais e os possíveis casos de superfaturamento da obra e de corrupção. Com o uso de faixas exclusivas de ônibus com o sistema BHLS, o custo seria consideravelmente inferior, preservando assim as 579 árvores e os rios tão necessários para a natureza da cidade de Salvador.

O movimento 342 Amazônia mobilizou a população para solicitar a Prefeitura de Salvador, ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público Federal e ao Poder Judiciário que interrompam imediatamente a licitação e contratação do projeto BRT Lapa Iguatemi e iniciem a implantação do sistema de faixa exclusiva de ônibus com o sistema BHLS. A mobilização é mantida através de um abaixo assinado e nas redes sociais, com apoio de artistas, ativistas, parlamentares e personalidades.

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Alice Portugal leva para âmbito nacional o impasse do BRT de Salvador A deputada Alice Portugal (PCdoB/BA) acaba de protocolar pedido de Audiência Pública na Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara dos Deputados para discutir a polêmica implantação do BRT de Salvador e as implicações urbanísticas, sociais e ambientais provocadas por esse desnecessário projeto. “Agora vamos discutir em Brasília para todo o Brasil o polêmico BRT de ACM Neto. É o BRT mais caro entre as capitais brasileiras, com um custo de quase R$ 1 bilhão de reais, impactos ambientais irreversíveis e sem qualquer debate com a sociedade. O projeto vem cobrir uma área de transito que o metrô já cobre. A Prefeitura Municipal de Salvador precisa explicar como a Caixa Econômica Federal emprestou dinheiro do FGTS para a realização dessa desastrosa obra. É dessa maneira que mostramos quem realmente tem compromisso com a luta social e popular e com a defesa de uma cidade para todos”, diz Alice. Para a audiência, Alice solicitou a presença do prefeito ACM Neto, e de representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – Seccional Bahia; do Instituto dos Arquitetos do Brasil – Seccional Bahia; do Tribunal de Contas da União; e do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), Renato Cunha. Veja no vídeo o recado da deputada #nãoaobrtsalvador #brtsalvador #salvador #salvadorbahia

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No dia 6 de maio, um ato para denunciar o insustentável projeto da gestão do prefeito de Salvador, foi realizado no canteiro em frente ao Hospital Aliança.

Foto: Jonas Santos / Mídia NINJA

Várias árvores já foram mortas e o atual prefeito ACM Neto insiste em não ouvir especialistas. A ampliação da mobilidade urbana não pode destruir a natureza!

Participe da campanha contra a derrubada de 579 árvores para a construção desse BRT.

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