Por baixo da ponte Dr. Abelardo Duarte Passos localizada em Brumadinho corre o Rio Paraopeba, uma das principais fontes de abastecimento de água para a região metropolitana de Belo Horizonte.

O rio, antes de ser transformado em lamaçal, sempre foi um dos mais procurados e recomendados por pescadores. A lama atingiu o Rio Paraopeba antes da área de captação da Copasa – Companhia de Saneamento de Minas Gerais, e de acordo com o Corpo de Bombeiros, o rejeito que vazou da Mina Feijão atingiu o Rio.

Foto: Luiz Rocha / Mídia NINJA

Nas imagens, o rio Paraopeba apresenta cor marrom devido à presença da lama de rejeitos que desceu o córrego do Feijão e chegou ao manancial, após o rompimento das barragens da Vale em Brumadinho.

Onde foi possível registrar parte da amplitude do crime ambiental, pode-se apontar grande volume de lama e animais mortos no curso do rio. Segundo especialistas, os rejeitos de minério de ferro não são tóxicos, mas podem sedimentar o rio e matar animais e vegetação.

Foto: Luiz Rocha / Mídia NINJA

O Rio Paraopeba tem 546,5 quilômetros de extensão. A bacia cobre 12.090 quilômetros quadrados e 35 municípios. A nascente está localizada em Cristiano Otoni, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e a foz fica na represa de Três Marias, em Felixlândia, na mesma região. Ele é um dos principais afluentes do Rio São Francisco.