Por Gabriela Nascimento

O esporte tem bastante importância e é utilizado como ferramenta de inclusão social. Partindo desse pressuposto, é notável que a prática do esporte, de modo geral, tem um histórico diverso, seja em proibições e grandes desafios. Ao decorrer dos anos, as modalidades sofreram bastante com as atitudes inapropriadas como o assédio moral e sexual, com atitudes preconceituosas, e com a falta de recursos necessários.

Diante dos altos índices de problemas mentais como a depressão e ansiedade, no Brasil, além de problemas de desigualdade, algumas ONGs montaram estratégias para incentivar a participação e inclusão de jovens e adultos nas modalidades esportivas.

Algumas das iniciativas surgiram através de outros profissionais que se aposentaram ou ainda permanecem ativos no esporte. Uma iniciativa que comprova isso é o “Instituto Esporte e Educação”, que foi criado em 2001, pela medalhista olímpica e hoje ministra do Esporte, Ana Moser, que tem como intuito promover a capacitação de professores e educadores para atender crianças e adolescentes em todo o Brasil.

O projeto “Atletas pelo Brasil” é uma organização sem fins lucrativos, que reúne atletas e ex-atletas de diferentes gerações em prol de melhorias para o esporte, evidenciando assim que, através dele, é possível ter avanços sociais no país. A ação afirma que os atletas de grande nome são os melhores porta-vozes para promover algumas mudanças necessárias em políticas públicas que possam efetivar o direito ao esporte.

Uma das jovens que tiveram a sua realidade transformada foi a judoca Rafaela Silva, que saiu da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, e afirma: “No judô encontrei disciplina, passei a respeitar os outros e comecei a levar o esporte a sério. O judô me mostrou o mundo! Com os recursos que ganho garanto meu sustento e ajudo a minha família a pagar as contas”.

A “Fadinha do skate”, Rayssa Leal, natural de Imperatriz, no Maranhão, já conquistou algumas medalhas. A skatista Rayssa tem apenas 15 anos e já garantiu cinco vitórias em competições, já foi campeã brasileira e vice-campeã mundial. “Já sofri bullying na minha escola: veio me dizer que skate não era coisa de menina”, lembra.

É evidente que o esporte é uma ferramenta poderosa para mudar a realidade da sociedade, a partir disso, ele abre várias possibilidades para enfrentar os desafios que os atletas poderão enfrentar ao decorrer dessa jornada.