“A gente ocupa o parlamenta para que todas e todos que estão nas pautas que buscamos representar também ocupem”. A professora, sindicalista e deputada federal Beatriz Cerqueira quer seguir representando a classe trabalhadora na política.
Foto: Luiz Rocha / Mídia NINJA
“Quem mais me inspira? As professoras da escola pública. Quando eu visito escola, quando eu vejo a realidade, elas são inspiradoras.” Beatriz Cerqueira, que também é professora, em sua primeira tentativa a concorrer foi eleita deputada estadual, e antes disso, foi a primeira mulher a presidir a Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Minas Gerais. Sua luta é ao lado das trabalhadoras e trabalhadores, especialmente da educação.
“A política define a nossa vida e a gente tem direito a ter representatividade”. Beatriz entende que se não se colocar para atuar na vida política, esse espaço seguirá sem representantes da classe trabalhadora e o espaço será utilizado para os mesmos interesses. Da elite, do agronegócio, das mineradoras, a prática da violência política contra as mulheres, como ela mesma cita. Ela destaca a importância do seu mandato para trazer a participação popular para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com mais de 300 audiência pública, sempre com a presença do povo.
Antes de se tornar a primeira presidente mulher da CUT, Beatriz estava na coordenação do Sind-UTE, Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação, e anterior a isso, participou da Pastoral da Juventude, organismo de ação social católica na América latina. Ela, enquanto presidente da CUT, estava presente em todas as manifestações em defesa dos direitos da população, direitos das mulheres
“A gente tem que ocupar o lugar que decide a vida da gente. Então, o que nós buscamos fazer, que de fato, percebi que acabou sendo inovador, diferente do que todo mundo faz, é essa ocupação do Parlamento com todas as nossas vozes, forças, pautas e vida.”
Campanha de Mulher
Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.
A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.
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