Texto e fotos pelo Estudante NINJA, Guilherme Ramos

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“Um, dois, três, quatro, cinco, mil ou para esses ataques ou paramos o Brasil”, esse foi um canto entre falas e gritos de ordem entoados pelo som da bateria da UNESP, campus Rio Preto ou terra das andorinhas, no interior de São Paulo. Estudantes, professores, organizações sindicais e partidos deram outro recado ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), na última quinta-feira, 30 de maio, em defesa da educação pública, livre e sem cortes. A vista da rua Silva Jardim, se estendeu ao terminal rodoviário da cidade. Ao todo, 255 cidades nos 26 estados do Brasil se mobilizaram, estima-se pelo menos 1,8 milhão de pessoas trazidas as ruas e praças do país.

A pauta foi além do que muitos preferem chamar de ‘contingenciamento’, teve falas contra a reforma da previdência, feminicídio, escândalos envolvendo o filho do presidente, milícia e a importância da pesquisa para que o Brasil saia do atoleiro e possa se desenvolver. O ato em São José do Rio Preto uniu pessoas de todas as idades em prol do pensamento.

Remando contra a maré, Ministério da Educação, tentar abafar o levante da juventude coagindo professores, funcionários e até pais de alunos a não divulgarem à proporção que tomou os protestos ‘durante o horário escolar’. O ministro Abraham Weintraub.
O mesmo que aparece rodando um guarda-chuva, estimula ‘denuncias’ contra quem se atreve a contraria-lo.

Um trio elétrico na porta da Câmara Municipal, a casa do povo que estava de portas fechadas. Animou a todos com música popular brasileira: “Amanhã vai ser outro dia” de Chico Buarque. A principal bandeira é a da universidade pública como espaço público de ideias e por isso é de extrema importância que ela possa caminha com suas próprias pernas, tenha autonomia. Retirar dinheiro do ensino superior não é o melhor caminho para desenvolvimento da sociedade e de pessoas.

Citando o ex-ministro, professor, Renato Janine Ribeiro, afirma que o ponto crucial é que nas universidades públicas daqui são produzidas as melhores pesquisas, sobretudo no âmbito dos mestrados e doutorados. “Muita gente pensa a universidade pelo diploma de graduação. Principal trabalho dela é formar então advogados, médicos professores. É muito importante se ele estiver escorado em uma pesquisa”, disse Renato. As ruas concordam.