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Com o tema “Mulheres contra o capital, em defesa da Democracia e da Soberania Nacional”, foi iniciado o #8M em Goiás. Um ato unificado de mulheres goianas do campo e da cidade, organizado por diversas entidades do movimento social e coletivos feministas. As ações acontecem nos dias dias 7 e 8 de março (quarta e quinta-feira) para celebrar de forma crítica o Dia Internacional da Mulher.

A agenda começou nessa quarta-feira com a ocupação da Assembleia Legislativa de Goiás por cerca de 700 mulheres que desenvolveram uma série de atividades para discutir a violência e dar visibilidade às pautas políticas importantes para o processo de retomada de direitos. Entre elas estão a anulação da reforma trabalhista, o repúdio à reforma da previdência e a defesa intransigente da democracia.

Na manhã de ontem (8), uma discussão da conjuntura brasileira foi realizada: Nenén, representante da direção nacional do MST, abordou a “Realidade das Mulheres Camponesas no Brasil”; Lucia Rincon, do Centro Popular da Mulher e União Brasileira de Mulheres, a “Realidade das Mulheres Urbanas e a Questão da Violência”; e Ieda Leal, vice-presidenta da CUT-GO e integrante do Movimento Negro e Sintego, falou sobre a “Realidade das Mulheres Negras”.

Durante a tarde, foram promovidas oficinas de agitação e propaganda; confecção de estandartes feministas; comunicação popular; combate à violência contra a mulher; batuque feminista; além da ciranda das crianças e teatro do oprimido. Às 17 horas foi apresentada a produção das oficinas na Ciranda com debate.

Dia Internacional de Luta das mulheres

Hoje, uma grande marcha com apresentação de poesias, performances e batuque foi programada para esta manhã. A manifestação começa às 9 horas, na ocupação da Assembleia Legislativa de Goiás, e seguirá pela Avenida Anhanguera, em Goiânia.

“Estamos na rua pra lutar por um projeto feminista e popular. É uma data marcada por mobilizações das organizações do campo e da cidade como forma de mostrar as vozes de tantas mulheres lutadoras, nas praças, ruas e avenidas.”

“Para nós, todo mês de março é tempo de intensificar a luta das mulheres e reafirmar sua história, suas denúncias e reivindicações por um mundo sem violência e desigualdade, com autonomia e liberdade. Nessa perspectiva, sentimos, mais uma vez, a necessidade de nos colocarmos em luta, pois o Brasil vive um momento de grande ofensiva do capital internacional, representado pelos grandes bancos, as empresas multinacionais e o agronegócio. Esses grupos, aliado ao governo golpista de Michel Temer estão privatizando os bens naturais, como a terra, a água, os minérios e também estão acabando com nossos direitos trabalhistas conquistados com muita luta”, afirmam as entidades.