Gaeco aponta pagamento de propina aos prefeitos catarinenses para uma empresa ganhar licitações

Foto: reprodução/redes sociais

A Operação Mensageiro, em sua 4ª fase, prendeu 15 prefeitos e 1 vice-prefeito de cidades do estado de Santa Catarina por suposto esquema de corrupção na licitação de lixo. As prisões correspondem a 5% de todos os prefeitos catarinenses e envolvem sete partidos políticos. Todos os prefeitos presos são bolsonaristas.

De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), uma empresa catarinense teria pago propinas a agentes públicos em diversos municípios para obter acesso a licitações.

Um empresário seria o intermediário nas negociações de suborno com agentes públicos, mesmo não trabalhando mais na empresa há 10 anos. Esse indivíduo, conhecido como “mensageiro”, atuava como interlocutor com os agentes públicos.

A investigação conduzida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) teve início há cerca de um ano e meio, a partir de delações premiadas, rastreamento de celulares e análise de documentos. Na primeira fase, em dezembro de 2022, quatro prefeitos foram presos. Na segunda fase, em fevereiro deste ano, dois prefeitos foram detidos. Na terceira fase, o prefeito e o vice-prefeito de Tubarão foram presos preventivamente. Na quarta fase, realizada na quinta-feira, oito prefeitos foram presos.

Prefeitos presos:

  • Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava;
  • Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;
  • Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul.
  • Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages, que agora está em prisão domiciliar;
  • Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;
  • Marlon Neuber (PL), de Itapoá;
  • Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;
  • Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá;
  • Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba;
  • Adriano Poffo (MDB), de Ibirama;
  • Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira
  • Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí.
  • Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Três Barras
  • Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo
  • Felipe Voigt (MDB), Schroeder

Luis Antonio Chiodini (PP), prefeito de Guaramirim, também foi alvo de mandado de prisão, mas não foi encontrado, pois estava em viagem familiar na Europa, segundo a prefeitura. Antônio Ceron, prefeito de Lages, foi liberado mediante o uso de tornozeleira eletrônica por motivos de saúde. Os demais políticos estão sob custódia, sendo cinco réus no processo.