Peão trabalhava como escravo na fazenda: Estrela das Alagoas no estado do Pará. Foto: João Ripper

“Fotografo trabalho escravo. Ver pessoas cativas que quanto mais trabalham, mais devem. É uma  escravidão por dívida, as pessoas ficam longe, detidas, são ameaçadas de morte e muitas vezes torturadas e mortas.O trabalho escrevo existe na cidade e no campo e anda junto com o trabalho infantil. Existe em todos os ramos da nossa economia ao ponto de que cada pessoa adulta no Brasil já comprou produtos que utilizaram trabalho escravo na matéria prima.

Esse governo tenta acabar com o combate ao trabalho escravo porque está comprometido com os que mais lucram com a escravidão: As elites brasileiras.”

Assim define João Ripper o trabalho que realizou junto com o fotógrafo Sérgio Carvalho que culminou no livro “Retrato Escravo” publicado pelo Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil. O ensaio mostra o ciclo da escravidão contemporânea no Brasil e revelando as péssimas condições de trabalho análogo ao escravo.

Trabalho escravo na fazenda TuerÍ no município Senador José Porfírio, vicinal principal da transamazónica – Pará. Foto: João Ripper

Crianças carvoeiras – Mato Grosso do Sul, MS – 1988. Foto: João Ripper

Carvoeiros – Mato Grosso do Sul – 1988. Foto: João Ripper

Maio de 2002. João Batista Alves – trabalho análogo ao de escravo na Fazenda Sapucaia, Xinguara – Pará. Foto: João Ripper

Índio trabalhando em usina de cana de açúcar no Mato Grosso do Sul, MS. Foto: João Ripper

 João Ripper é um fotógrafo documentarista, humanista, que tem como proposta colocar a fotografia a serviço dos Direitos Humanos e da informação múltipla. Além dos documentários faz várias oficinas chamadas Bem Querer, em áreas urbanas, rurais, em territórios de Populações tradicionais.  

Colabore com a campanha de financiamento coletivo Bem Querer o Brasil, que organizará, catalogará e doará todo o acervo digital do fotógrafo João Roberto Ripper para a Fundação Biblioteca Nacional.  – benfeitoria.com/bemquererobrasil

Usina de cana de açúcar administrada por trabalhadores Catende, Pernambuco. Foto: João Ripper

Trabalho escravo na fazenda Tuerí no município Senador José Porfírio, vicinal principal da transamazónica – Pará. Foto: João Ripper