Com programação híbrida, a Mostra conta com exibições de filmes, debates e atividades paralelas

“Animal”, o primeiro filme a ser exibido nesta edição da Mostra. Foto: Divulgação

Por Sérgio Madruga

Debater sobre o meio ambiente nunca é demais. Aliás, nunca foi tão urgente propagar temáticas intrínsecas ao que está acontecendo com o nosso planeta. Tendo isso como base, a Mostra Ecofalante de Cinema chega a sua 11ª edição, sendo um dos eventos sul-americanos mais importantes sobre questões socioambientais. A Mostra começa nesta quarta-feira (27), indo até 17 de agosto, com programação híbrida e repleta de atividades.

Com um total de 106 filmes de 35 países, a Ecofalante acontece presencialmente em diversos espaços culturais na cidade de São Paulo, como o Reserva Cultural e a Cinemateca Brasileira, assim como em formato on-line, garantindo que pessoas de todo o Brasil (e do mundo, por que não?) possam participar. Além das exibições, o evento conta também com uma série de debates e atividades paralelas

Os filmes serão divididos em programas temáticos, como o Panorama Internacional Contemporâneo, o Especial – Sociedade e Redes, a Competição Latino-Americana, o Concurso Curta Ecofalante, entre outros. A edição deste ano também prestará homenagens ao ator e diretor francês Jacques Perrin (1941-2022), e à cineasta Sarah Maldoror (1929-2020), a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem na África.

Jacques Perrin e Sarah Maldoror, os homenageados deste ano. Fotos: Reprodução

Entre os filmes de Jacques Perrin que fazem parte da programação estão “Microcosmos” (1996), “Migração Alada” (2001), “Oceanos” (2009) e “As Estações” (2015). Já na lista de filmes de Sarah Maldoror estão “Monangambé” (1968), “Sambizanga” (1972), “Uma Sobremesa para Constance” (1980), “Retrato de uma Mulher Africana” (1985) e “Aimé Césaire, A Máscara das Palavras” (1987). A diretora também será tema central no debate “O Cinema Decolonial de Sarah Maldoror”.

O primeiro filme que será exibido na Mostra, sendo um dos destaques desta edição, “Animal” (2021), de Cyril Dion, apresenta os jovens ativistas de 16 anos Bella e Vipulan. Eles fazem parte de uma geração que finalmente está consciente dos problemas socioambientais do planeta. O longa foi exibido em uma sessão especial no Festival de Cannes.

“O Território”, um dos destaques da Mostra Ecofalante 2022. Foto: Divulgação

A Ecofalante também exibirá “O Território” (2022), documentário coproduzido pelo Brasil e Dinamarca, com direção de Alex Peri e Darren Aronofsky como um dos produtores. O filme mostra a luta do povo indígena Uru-eu-wau-wau, no estado de Rondônia, que protege seu território, sua cultura e sua gente.

A 11ª Mostra Ecofalante de Cinema também se propõe a abordar temas acerca das nossas relações interpessoais em tempos digitais. “Searchers: O Amor Está nas Redes” (2020) e “Geração Z” (2021), exploram os impactos da internet, sobretudo as redes sociais, em nossas vidas. Dando continuidade à essa discussão, o tema será discutido no debate “Subjetividade e Empatia na Era das Redes”.

A lista completa da programação da Ecofalante pode ser conferida no site oficial do evento.