(Foto: Mídia NINJA)

 

Mantendo conexão ativa com os territórios, fotógrafos e fotógrafas indígenas registram momentos importantes das agendas de mobilização. Sem a ajuda de intermediários e muito conscientes dos assuntos que mais importam, eles estão por detrás das lentes das câmeras, celulares e no comando de drones, como testemunhas, mas também, protagonistas. Com autonomia e vivências ímpares, “escrevem” a própria história e traduzem em imagens, a força da mobilização indígena.

Durante o #AbrilIndígena, a NINJA FOTO reverencia o trabalho destes artistas com série especial, que apresenta um pouco do trabalho das fotógrafas e fotógrafos que realizaram a cobertura do Acampamento Terra Livre 2022.

O ATL foi realizado entre os dias 4 e 14 de abril, em Brasília, tendo como algumas de suas principais bandeiras, a luta pela demarcação de terras e ocupação de espaços políticos e contra ameaças como o PL 191, que libera mineração e grandes obras como a de hidrelétricas nas Terra Indígenas, além da tese do Marco Temporal, cujo julgamento está marcado para junho.

Fortaleça o movimento indígena e apoie suas lutas, e conheça esses 10 profisisonais da fotografia indígenas!

1. Andre Cohneh’tyhc Guajajara

Siga: @oguajajara

Andre Cohneh’tyhc Guajajara, 22 anos, vive em Marabá (PA) com o povo Gavião. Fotografa há um ano e começou atuando no território, com fotos de celular.

No acampamento Luta pela Vida, em 2021, realizou a primeira cobertura com foco em sua comunidade. Ele afirma que sua vida mudou depois do contato com a fotografia: lhe abriu portas e trouxe perspectivas de atuação profissional.

Andre Cohneh’tyhc Guajajara, 22 anos, vive em Marabá (PA) com o povo Gavião  (Foto: Kaitito Topramre)

(Foto: Andre Cohneh’tyhc Guajajara)

2. Bitate Uru Eu Juma

Siga: @bitate_uru_eu_juma

Bitate Uru Eu Juma é fotógrafo e comunicador da @midiaindiaoficial e @juventudeindigenaro. Ele também é liderança do povo Jupaú (Uru Eu Wau Wau), presidente da Associação Jupaú, coprodutor e co-protagonista do filme “O Território”. O documentário documentário venceu duas categorias no Festival Sundance de Cinema.

Bitate Uru Eu Juma é da equipe de “O Território”, que venceu duas categorias no Festival Sundance de Cinema (Foto: Andre Cohneh’tyhc Guajajara)

(Foto: Bitate Uru Eu Juma)

3. Jaciara Beatriz Borari

Siga: @jaciaraborari

Jaciara, do povo Borari, vive em aldeia em Alter do Chão, no Oeste do Pará. Ela estuda antropologia na UFOPA e integra coordenação executiva da Associação de Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós, que busca combater a violência contra a mulher indígena e o racismo. O ativismo é parte de sua vida desde que era criança, pois sua família tem histórico de resistência pela defesa do meio ambiente e do território.

Jaciara estuda Antropologia e é da Associação de Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós (Foto: Laura Moss)

(Foto: Jaciara Borari)

4. Thiago Yawanawá | Tuikuru

Siga: @thiagoyawanawa

Thiago Yawanawá – Tuikuru, do povo Yawanawá, é da terra indígena do rio Gregório (AC). Ele atua como gestor de marketing, social media, designer e produtor executivo, mas também é graduando em Administração. Desenvolve ainda, trabalhos de etnoturismo comunitário junto ao povo Yawanawa. Também soma às coberturas colaborativas da agenda do movimento indígena.

Thiago Yawanawá é do povo Yawanawá, da terra indígena do rio Gregório (AC) (Foto: Alice Aedy)

(Foto: Thiago Yawanawá – Tuikuru)

5. Kaiti Topramre Totore Gavião

Siga: @kaititopramrefoto

Kaiti tem 18 anos e se dedica a fotografia há um ano. Nesse período, se especializou nos registros de futebol e cultura indígena. Para fortalecer a comunicação com as bases, criou a @midiagaviao e @krapeitije_ec com outros comunicadores do povo Gavião.

(Foto: Andre Cohneh’tyhc Guajajara)

(Kaiti Topramre Totore Gavião)

6. Priscila Tapajowara

Siga: @priscilatapajowara

Priscila é a primeira mulher indígena formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (Fapcom), no curso de Produção de Audiovisual. Desde de então, acumula trabalhos na área do Cinema. Ela é diretora cinematográfica da web série documental “Ãgawaraita” e o curta documental “Tapajós Ãgawaraitá”, além dos videoclipes “Carimbó com Merengue”, “Misogyny” e “Tetchi”aru’ngu”. Também é diretora de fotografia do longa-metragem documental “Arapyau: Primavera Guarani” e a série “Sou Moderno, Sou Índio”, além participar do longa-metragem “Amazônia, a nova Minamata”, como assistente de direção e pesquisadora. Também atua na produção do Festival de Cinema Latino Americano (CineAlter). Ela soma ainda ao time da Mídia Índia e é vice coordenadora da produtora indígena Nató Audiovisual, bem como vice-presidente do Instituto Território das Artes – ITA.

Priscila acumula trabalhos no audiovisual e também está integrada à rede de comunicadores Mídia Índia (Foto: Matheus Alves)

(Foto: Priscila Tapajowara)

7. Mre Krijõhere

Siga: @mre_gaviao

Mre é um comunicador indígena que pertence ao povo Gavião do Pará. Ele foi mais um dos fotógrafos indígenas que se destacaram na cobertura do Acampamento Terra Livre. Recentemente fez 25 anos, e atua como fotógrafo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib @apiboficial).

(Foto: Carol Brenck)

(Foto: Mre Krijõhere)

8. Richard Wera Mirim

Siga: @richard_wera_mirim

Vem da Terra Indígena Jaraguá, o comunicador Richard Wera Mirim. Ele é coordenador da Mídia Guarani Mbya (@midiaguaranimbya). O coletivo de comunicação surgiu como forma de instrumento de ativismo contra a Construtora Tenda. Iniciativas do povo Guarani Mbya coordenadas, resultaram em vitória contra a construtora que derrubou mais de 500 árvore sem pleno cinturão verde da Mata Atlântica e que desconsiderava a presença indígena na área.

(Foto: Pedro Biava)

(Richard Wera Mirim)

9. Kauê Terena

Siga @kaue_terena

 

Kauê Terena começou na luta pelos povos indígenas aos 15 anos, influenciado pelo pai, que é liderança de seu povo. Atuou fazendo registros para o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Conselho de Trabalho Indigenista (CTI) e para o Conselho Terena, organização do seu povo. Logo, Kauê ingressava na Mídia Índia e em 2021, fundou com outros 12 jovens comunicadores de seu povo, a @midia_terena.

(Foto: Waya Tapuia)

(Foto: Andre Cohneh’tyhc Guajajara)

(Foto: Kauê Terena)

10. Tukumã Pataxó

Siga: @tukuma_pataxo

Tukumã tem 22 anos e é da aldeia Pataxó de Coroa Vermelha (BA). O comunicador indígena que estuda Gastronomia na UFBA também é apresentador do podcast “Papo de Parente” disponível na Globoplay. Midiativista com mais de 173 mil seguidores no Instagram, ele também soma à rede de comunicadores indígenas, Mídia Índia. Também integra equipe da Associação de jovem indígenas Pataxó (Ajip), como diretor de comunicação.

(Foto: Thiago Yawanawá)

(Foto: Tukumã Pataxó)