A ficha aos poucos vai caindo e as contradições do ruralismo com o futuro do país vão ficando perceptíveis e expostas e as ilusões vão se dissolvendo…

Os ruralistas, o chamado agro negócio, foi uma das principais bases políticas do golpe que afastou a Dilma da presidência e emprestaram todo apoio à Temer e Bolsonaro; historicamente são uma força conservadora e reacionária e conspiram sistematicamente contra o futuro e a grandeza do país.

Fizeram parte desses governos oriundos da ruptura com nossa democracia e usaram sua força nesses governos para ampliar e liberar criminosamente o uso de venenos, os chamados agrotóxicos; para aprovar leis que legalizam e ampliam o armamento no campo e praticam sistematicamente a violência contra líderes dos pequenos agricultores e povos indígenas, inclusive com assassinatos de muitos desses líderes; estimularam e alimentaram as iniciativas golpistas e foram os principais estimuladores e financiadores dos acampamentos nas portas dos quartéis e da patética tentativa de golpe do dia 8 de janeiro.

Agora, estão usando o parlamento para inviabilizar o governo do presidente Lula através de táticas para fazer do Congresso uma barreira oposicionista e golpista.

Estão abrindo uma CPI contra o MST e buscam criar o clima de instabilidade e polarização no país.

Nunca tiveram interesse na consolidação de uma democracia no Brasil. Não manifestam compromisso com nossa soberania e preferem o Brasil à imagem e semelhança de uma das suas fazendas, sem direitos sociais, sem cidadania, onde impera a lei do mais forte. Ainda vivem a nostalgia da abolição da escravidão e são o principal setor social que possibilita a resiliência das práticas escravistas.

São inimigos da sustentabilidade e são um dos principais predadores da natureza, desmatando, botando fogo nas florestas, contaminando os rios e os peixes, usando de forma predatória os recursos hídricos, reduzindo irresponsavelmente a biodiversidade e praticando o uso abusivo do solo.

Estão sempre conspirando contra as leis que protegem o meio ambiente e destroem as florestas para substituí-las por fazendas de gado e soja e estão destruindo o Cerrado brasileiro, bioma fundamental para o equilíbrio hídrico do país e se dedicam a concluir a obra criminosa de acabar de devastar a mata Atlântica. São, junto com o garimpo e os madeireiros, os principais algozes das florestas, dos rios e dos povos indígenas em todo o território nacional. Como setor social são impermeáveis à nação e não demonstram nenhuma tendência de vir a tomar tenência e afinar a viola com o Brasil.

Tem sido um caso de desafinação e dissonância crônica.