Ninguém passa ileso pelas novidades, cada vez mais rápidas, da inteligência artificial (IA). Recentemente eu li em um estudo do banco suíço UBS, que o ChatGPT tinha 57 milhões de usuários mensais em dezembro e quase dobrou no mês seguinte. E o número de usuários cresce a cada dia exponencialmente.

Sabemos que o uso da inteligência artificial tem tido um impacto cada vez maior em todas as áreas da vida, e com a educação não seria diferente. Agora, os estudantes têm acesso a uma vasta gama de recursos e ferramentas. No entanto, como qualquer tecnologia, a IA também tem seus pontos positivos e negativos quando falamos em seu uso nas escolas.

O Brasil ainda não tem legislação referente ao uso da IA e precisa debater urgentemente este assunto, uma vez que a educação digital é uma demanda atual e necessária nas escolas e o uso da IA deve ser uma ferramenta no aprendizado e não um fim. Além disso, precisamos entender profundamente o seu impacto no mundo do trabalho e na vida dos estudantes.

A educação digital ajuda a combater fake news, amplia o acesso à informações e recursos e também é um grande atrativo para os jovens. Explico: trabalhar com tecnologia atrai a atenção dos estudantes e os deixam mais motivados.

É importante que os educadores entendam o papel da IA na educação e usem-na de forma responsável para garantir que os estudantes possam aprender de forma eficaz e justa.

Mas, infelizmente, o debate sobre educação digital está muito aquém em nosso país. E o receio de como isso afetará os estudantes será percebido nesta edição do ENEM. Sabemos que alguns estudantes podem se tornar excessivamente dependentes da IA para seu aprendizado, e isso é muito preocupante! Não podemos deixar que essa ferramenta seja responsável por tirar habilidades importantes, como a resolução de problemas e a tomada de decisões críticas.

A IA é para agregar e não para tirar! Nada substitui a formulação do pensamento crítico para a educação e para a sociedade.