No dia 25 de julho é celebrado o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data originou o Julho das Pretas, que é um mês dedicado à celebração e visibilidade das mulheres negras. Essa iniciativa surgiu como uma forma de valorizar a luta, a resistência e a conquista de direitos das mulheres afrodescendentes, além de chamar a atenção para as desigualdades e os desafios enfrentados por essa população.

Nós, mulheres negras, temos um histórico de resistência e protagonismo na luta contra o racismo e o machismo. Estamos há décadas enfrentando uma série de adversidades e discriminações ao longo dos anos. O Julho das Pretas surge como uma oportunidade de destacar nossas trajetórias, contribuições e nossas demandas, promovendo um espaço de diálogo e reflexão sobre as questões que afetam a nossa comunidade.

Falar e celebrar o Julho das Pretas é fundamental na promoção da equidade de gênero e na luta pela igualdade racial. Isso contribui para a conscientização sobre as interseccionalidades presentes na vida das mulheres negras, que sofrem com a dupla opressão de serem mulheres e negras em uma sociedade estruturalmente desigual.

Durante esse mês, ocorrem uma série de atividades e eventos que visam valorizar a cultura afro-brasileira, destacar o protagonismo das mulheres negras em diversas áreas, como a política, a arte, a educação e o empreendedorismo, e promover debates sobre temas como racismo, violência, saúde, educação e empoderamento feminino.

O Julho das Pretas também é uma oportunidade para fortalecer a união entre as mulheres negras, ampliando suas vozes e dando visibilidade às suas demandas específicas. Além disso, é um momento para a sociedade em geral refletir sobre os privilégios e as desigualdades estruturais que afetam as mulheres negras, incentivando ações concretas para a promoção da justiça social e da igualdade de oportunidades.

É importante ressaltar que o Julho das Pretas não se trata apenas de um mês de celebração, mas também de mobilização e luta por direitos. É uma oportunidade para ampliar o debate sobre as questões raciais e de gênero, estimulando a construção de uma sociedade mais inclusiva, igualitária e justa para todas as mulheres, independentemente da cor da sua pele.

Este é o momento de reconhecimento, resistência e busca por transformações sociais, visando construir um país mais justo e inclusivo para todas as mulheres negras.