O visto e o dito. Enquanto o Sambódromo “gritava” o samba contra a reforma trabalhista e da previdência, contra Temer e contra o golpe em momento catártico na Sapucaí contra as novas formas de escravidão e precarização do trabalho, os comentaristas da Globo em momento nenhum falavam das alegorias da Paraíso do Tuiuti e nem comentavam a evolução do enredo. Presidente vampiro, manifestantes fantoches, a CLT e a carteira de trabalho detonadas foram o não-dito da cobertura televisiva que só narrava a escravidão e seus horrores, afinal essa “acabou” historicamente, apesar do desfile justamente mostrar que não em nosso capitalismo racista e neoescravocrata. Hoje o G1 dá nome aos personagens, mas decide editorialmente que na TV e ao vivo para milhões não pode! Existe um temor de tudo que é popular e que foge da narrativa midiática. Impressiona o esvaziamento de tudo que é político e fala do presente urgente, mesmo um samba enredo e alegorias de Carnaval! E já estão dizendo que o MBL vai lançar o movimento “Escola de Samba Sem Partido” para coibir essas escolas de samba esquerdopatas!

P.S. E antes que alguém me pergunte o que isso muda no processo político, eu não sei, só sei que a “anestesia está passando” e a catarse faz parte desse processo de purgação do estado de perturbação psíquica coletiva e da nuvem tóxica em que ainda estamos. Além disso, fato é que a narrativa redentora do impeachment não sobreviveu nem a um carnaval! Evoé!

P.S 2. E nesta segunda 12/2, diante da repercussão geral do desfile, o Jornal Nacional teve que noticiar as críticas políticas a Temer e citar os manifantoches, A narrativa do impeachment vai derretendo.

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