A cultura e a arte estão presentes de maneira muito particular na nossa vida. É prazer, acalanto, fúria, protesto e resistência. Tem seu espaço na inovação, carrega tecnologias sociais capazes de reinventar esse país. É pertencimento, é ancestralidade.

A cultura é geração de negócio e oportunidade de trabalho.

Talvez por essa complexidade e por desafios outros da vida comum, nós tenhamos tanta dificuldade em reconhecer na cultura toda a sua potência e seu lugar.

Seja na valorização de quem a gente é e da onde a gente vem, na redução das desigualdades. Ou ainda, na alegria e na felicidade geral de sermos brasileiros.

O Espírito Santo recebe nos dias 10 a 12 de março de 2022, o primeiro grande encontro presencial dos movimentos, marcas, coletivos e instituições da cultura e economia criativa brasileira. Cerca de 50 convidados chegaram à ilha de VItória para uma série de encontros, mesas, rodadas de negócios, intercâmbio e articulação. Tudo transmitido online pelo youtube da Secretaria da Cultura do Estado.

Nome como Pablo Capilé (autor do termo “A Cultura de Volta para o Futuro”), Jandira Feghali, Ailton Krenak, Elisa Lucinda, Priscila Gama, Juca Ferreira, Dríade Aguiar, Paula Lavigne, André Felix, Célio Turino, Úrsula Vidal, entre outros participam do evento organizado pela Secretaria da Cultura e transmitido pela internet.

A terceira edição da Festa da Criatividade busca discutir a cultura e a economia criativa sobre esses diversos aspectos, reunindo parte das mentes e instituições que estão preocupadas com o destino do setor no país. Inserindo o Espírito Santo e seus avanços políticos e democráticos na agenda nacional.

A cultura de volta para o futuro sob vários aspectos.

Sobre a possibilidade direta da construção de Políticas Públicas capazes de resolver todo o desmonte e descontinuidades do Governo Federal. Todos os ataques que tentaram apagar o tanto que avançamos.

De volta para o futuro para olhar a nossa própria ideia de país e da nossa formação ancestral. Da alta tecnologia social indígena e negra, muitas vezes invisibilizada por uma ideia de um Brasil somente branco e heróico da imigração europeia.

De volta para o futuro para conseguirmos olhar o horizonte além da fresta do terror da pandemia que afeta o conjunto da sociedade e paralisou as atividades culturais.

(Estarão reunidos ainda os principais festivais independentes do Brasil através de parceria com Abrafin, instituição que se rearticulou na pandemia)

De volta para o futuro para olhar para as nossas garantias democráticas severamente atacadas por tempos de censura e medo.

Trazendo um caminho de articulação política para além dos temas e do setor cultural. A cultura é mais do simplesmente um setor produtivo ou um agrupamento de fazeres particulares. É um campo de pensamento e força que pode contribuir diretamente na vida comum e nos territórios.

Esse é o disparador.

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