Nesse Carnaval, com a popularidade em queda livre, o Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) – ou seja lá quem for que administra sua conta no Twitter – despirocou de vez.

Bloco Mudança do Garcia em Salvador carregou críticas a Bolsonaro nas marchinhas e no standart. Foto: Mídia NINJA

Mandado tomar naquele lugar, em coro, por populares e brincantes do Carnaval em todo o Brasil, sem um plano de governo, sem programas ou projetos concretos e sem metas a cumprir, só lhe restou postar vídeo de homem bolinando em suas partes íntimas e urinando no outro (para tentar se contrapor a um Carnaval – maior festa popular e comercial do mundo – que contra ele protestou), arengar com artistas consagrados, atacar a Lei Rouanet e prosseguir insistindo no combate ao “comunismo”, ao “viés ideológico” e ao “marxismo cultural”, seja lá o que isso queira dizer.

O Presidente continua acreditando que ainda está em cima de um palanque eleitoral, achando que é possível governar um país de dimensões continentais pelo Twitter.

E haja cortina de fumaça: Venezuela, Lava Jato da Educação, filmar crianças repetindo slogan político-partidário de campanha em Escolas Públicas…

De trapalhada em trapalhada ele vai, cada vez mais, sendo tolhido de dar declarações sobre temas importantes do próprio governo que deveria liderar, seguindo tutelado por mais de uma centena de militares aboletados em cargos no Governo. Para que cuidassem de sua curatela, reuniu o que há de mais lombrosiano nas FFAA, boa parte egressos da missão de paz no Haiti, tais como o Gal. Augusto Heleno, o Gal. Hamilton Mourão e o Gal. Santos Cruz.

São os pupilos do Gal. Sylvio Frota, do Alm. Henning e do Brig. Araripe, que comiam tampado na mão do Gal. Ernesto Geisel, tidos, até por ele, como radicais. Se até o Geisel achava os caras radicais, imagina o que não devemos achar de seus pupilos.

Enquanto isso, nada das centenas de depósitos e saques do Queiroz e seus R$ 7 milhões, dos micheques, da ocultação de patrimônio da Famiglia, do envolvimento com milicianos e suas milícias, do laranjal do PSL.

E ainda tem Wal do Açaí, lista de Furnas, doação ilegal da JBS, disparo em massa ilegal de fake news pelo WhatsApp, pagos com dinheiro ilícito de caixa 2 eleitoral e muito mais.

Não bastasse a omissão do Ministério Público e da Justiça perante casos tão graves de corrupção envolvendo o Presidente e sua família, ainda há os constantes constrangimentos, as “vergonhas alheias” que temos de passar por conta das declarações dos membros do “Núcleo dos Lunáticos” do governo: Damares já se transformou em um meme em pessoa; Ernesto Araújo já é considerado, pela imprensa internacional, o pior Chanceler da história da diplomacia mundial; ninguém mais acredita nas trapalhadas do Vélez Rodrigues e Ricardo Salles, bem, esse é irrelevante.

Aos empresários da nação, restou o anúncio de que a China passará a comprar soja dos EUA e não mais do Brasil; complicações quanto à barreiras comerciais do leite brasileiro; a queda na venda de frango para nossos principais clientes, os Países Árabes; declarações inusitadas sobre o Mercosul e a Argentina, dentre outras medidas embaraçosas ao nosso comércio exterior. E aos brasileiros, tanto os que votaram quanto os que não votaram nisso daí, só sobrou a cruel Reforma da Previdência.

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Colunista NINJA

Memória, verdade e justiça

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Andréia de Jesus

PEC das drogas aprofunda racismo e violência contra juventude negra

Márcio Santilli

Através do Equador

XEPA

Cozinhar ou não cozinhar: eis a questão?!

Mônica Francisco

O Caso Marielle Franco caminha para revelar à sociedade a face do Estado Miliciano

Colunista NINJA

A ‘água boa’ da qual Mato Grosso e Brasil dependem

Márcio Santilli

Mineradora estrangeira força a barra com o povo indígena Mura

Jade Beatriz

Combater o Cyberbullyng: esforços coletivos

Casa NINJA Amazônia

O Fogo e a Raiz: Mulheres indígenas na linha de frente do resgate das culturas ancestrais

Rede Justiça Criminal

O impacto da nova Lei das saidinhas na vida das mulheres, famílias e comunidades

Movimento Sem Terra

Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária do MST levanta coro: “Ocupar, para o Brasil Alimentar!”