A FOME É UMA QUESTÃO POLÍTICA

Sentimos, ouvimos e vemos a Fome todos os dias. Na grande maioria das vezes se fala da Fome como uma parte natural da paisagem, quando na verdade a Fome é uma condição artificial, criada. É uma decisão política. As raízes desta decisão se encontram na formação do sistema capitalista e do sistema político internacional, que com todas as transformações e adaptações que sofreram, legitimaram desde o princípio a Fome como um impulso e como um princípio organizador para a sociedade.

Partindo desse entendimento, a Xepa Ativismo e Mídia NINJA em parceria com o Grupo de pesquisa sobre Fome e Relações Internacionais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), realizam no mês de Setembro e Outubro ‘aulões’ virtuais em busca de abordar as complexidades da Fome. Serão realizadas neste período 5 (cinco) aulas virtuais e gratuitas, ministradas por professores (as) e pesquisadores (as) do tema.

OBJETIVO

O objetivo dos “Aulões FOME – uma questão política” é fornecer condições para que o público possa compreender a Fome enquanto projeto político. E, com isso, este público esteja mais bem preparado para mobilizar ações em seu enfrentamento, especialmente em um contexto de proximidade das eleições.

Para isso, os Aulões fornecerão uma interpretação acadêmica do fenômeno da Fome no Brasil e no mundo, em linguagem popular. Referências básicas serão oferecidas, de modo que os participantes tenham acesso a textos, palestras, documentários e podcasts fundamentais.

Ao final espera-se promover, por meio de um exercício de ciência cidadã, a consciência de que a Fome é uma condição social historicamente construída e que, por isso, também pode ser extinta.

METODOLOGIA

Os Aulões partem de duas premissas.

1) A Fome não é algo natural e sim algo politicamente criado.

2) A Fome gera ganhos e lucros para alguns interesses.

Partindo dessas premissas, cada aula irá apresentar conceitos e interpretações consagradas na literatura, de modo a fornecer fundamentos para a interpretação de dados estatísticos, fatos históricos e políticas públicas. Cada aula terá 2 horas de duração, sendo 1h para a exposição do professor convidado e 1h para debate. Toda a programação será realizada de forma virtual e síncrona por meio da plataforma Zoom. Posteriormente, os Aulões ficarão disponíveis aqui nessa página.

calendário dos aulões

 O que é a Fome? A Fome é algo natural? Como se reconhece a   Fome? A Fome possui uma função ou papel social? Se as pessoas   não passassem Fome, o conjunto da sociedade não ganharia mais?

Thiago Lima

Coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Fome e Relações Internacionais da UFPB. (fomeri.org). Doutor em Ciência Política pela Unicamp. Integrante do projeto social SACIAR. 

 Por que as mulheres sofrem mais de Fome do que os homens no   Brasil? E por que as mulheres negras são mais vulneráveis? A jornada   dupla contribui para as mulheres passarem mais Fome? 

Ivi Elias

Doutora em Relações Internacionais pela UERJ, mestra em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Pesquisa a relação entre o gerenciamento da fome, os modos de acumulação capitalista e o trabalho das mulheres na política internacional.

 A fome tem gênero e cor. Como o racismo tem distanciado a   população negra e indígena da produção e consumo de alimentos   saudáveis no Brasil.

Fran Paula

Quilombola, Engenheira agrônoma, mestra em saúde pública, educadora da Fase em Mato Grosso e Vice Presidenta regional centro oeste da Associação Brasileira de Agroecologia

 Desde quando existe Fome no Brasil? A Fome é igual em todas as   partes do país? Quais foram as maiores Fomes do Brasil? Elas   poderiam ter sido evitadas? Alguém lucrou com elas?

Adriana Salay

Professora Universitária, Doutoranda em História Social pela USP. Estuda história do Brasil contemporâneo e temas relacionados à fome, identidade, hábitos alimentares e história intelectual. Líder do projeto social Quebrada Alimentada (SP). 

 O que é a Fome? A Fome é algo natural? Como se reconhece a   Fome? A Fome possui uma função ou papel social? Se as pessoas   não passassem Fome, o conjunto da sociedade não ganharia mais?

José Raimundo

Professor da Universidade do ABC (UFABC) e Doutor em Geografia pela USP.

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