“Se você não está confuso, está mal-informado”. Quantas vezes ouvimos esta frase nos últimos anos? Até os bem-informados andam tontos pela avalanche de informações políticas, econômicas, culturais, comportamentais relacionadas a eventos imprevistos, como guerras, ou a situações que fazem parte do calendário de nossas vidas, como eleições. Sem falar nas sugestões em sites e mídias sociais, os robozinhos algorítmicos não nos deixam em paz.

Por isto, fiz uma curadoria de lançamentos imperdíveis de grandes pensadoras brasileiras relacionados ao impacto da tecnologia em nossas vidas pessoais e profissionais, em nossa forma de nos relacionar com o mundo. Fake news,
inteligência artificial, Direito em IA, imagens e artes e o que representa ser humano são alguns dos temas presentes nestas leituras obrigatórias. Confira:

Fake News e Inteligência Artificial – O poder dos algoritmos na guerra da desinformação

Bolsista de pós-doutorado da Cátedra Oscar Sala (Instituto de Estudos Avançados) e da Escola de Comunicações e Artes (ECA), Magaly Prado é jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Seu trabalho consistente no Jornalismo e como acadêmica a credenciam para abordar o fenômeno das fake news em tempos de inteligência artificial, uso de algoritmos e robôs em plataformas digitais e sociais. Tema sempre atual, sobretudo em tempos de eleições e da urgência na preservação da democracia e de práticas cidadãs.

Aprendizado de máquina, computação cognitiva, publicidade e mídias sociais, plataformização são alguns dos universos pelos quais Magaly Prazo aborda contextos de formação, desdobramentos e possíveis soluções para o problema da

desinformação causado pelas fake news. A obra também é resultado de quatro anos de pesquisa de Magaly Prado em big data, machine learning e blockchain. Magaly Prado também é doutora em Comunicação e Semiótica e mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP, é pesquisadora do Center for Artificial Intelligence (C4AI), da Universidade de São Paulo (USP). Autora dos livros Produção de Rádio: um Manual Prático, Webjornalismo, História do Rádio no Brasil, Ciberativismo e Noticiário: da mídia torpedista às redes sociais.

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Desmistificando a inteligência artificial

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Referência obrigatória sobre Inteligência Artificial no Brasil, Dora Kaufman acaba de lançar uma compilação de seus artigos, os quais nunca perco, na revista Época Negócios. Com profundidade, olhar inovador, multi e interdisciplinar atento, a pesquisadora traduz de maneira bastante acessível conceitos em tecnologia e IA e os relaciona a aspectos como mercado de trabalho, cérebro humano, negócios, Justiça (como direito à privacidade e regulação), Ética, práticas discriminatórias, capitalismo de dados, saúde e combate à covid-19, preservação ambiental, cultura, metaverso.

Dora Kaufman é professora do Programa Tecnologias da Inteligência e Design Digital da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TIDD PUC SP). Economista pela PUC RJ, com mais de 30 anos no mercado de trabalho, é Doutora em mídias digitais pela ECA-USP, com estágio sanduíche na Université Paris Sorbonne IV. Possui dois pós-doutorados, na COPPE-UFRJ e no TIDD-PUC SP. É autora de vários livros e capítulos de livros, dentre eles A inteligência artificial irá suplantar a inteligência humana?.

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Neo-Humano – A Sétima Revolução Cognitiva do Sapiens

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Uma das mais importantes intelectuais brasileiras nas últimas décadas, Lucia Santaella lançou neste ano Neo-Humano – A Sétima Revolução Cognitiva do Sapiens. Referência obrigatória há mais de 40 anos em Semiótica, já lançou mais de 50 livros.

Em sua obra mais recente, Lucia Santaella aborda os conceitos de inteligência, evolução, revolução, e a extrassomatização da mente humana. Remonta a sete revoluções cognitivas do Sapiens, relacionadas à cultura, respectivamente, da oralidade, da escrita, do livro, de massas, das mídias, do digital, e dos dados. As consequências sociais, psicológicas e ambientais da cultura que origina o neo-humano também são discutidas, ao tratar da inteligência artificial e da nova função que os algoritmos adquiriram.

Lucia Santaella é pesquisadora 1 A do CNPq, professora titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica e coordenadora da pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUCSP). Doutora em Teoria Literária pela PUCSP e Livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. Realizou estágios de pós-doutorado no exterior e foi professora e pesquisadora convidada em várias universidades europeias e latino-americanas. Já levou à defesa 248 mestres e doutores. Publicou quase 500 artigos no Brasil e no exterior. Recebeu os prêmios Jabuti (2002, 2009, 2011, 2014), o prêmio Sergio Motta (2005) e o prêmio Luiz Beltrão (2010). Foi catedrática da cátedra Oscar Sala, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (2021-2022).

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Políticas da Imagem: Vigilância e resistência na dadosfera

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Giselle Beiguelman reúne seis ensaios que abordam aspectos das políticas da imagem na contemporaneidade relacionadas a novas tecnologias, como a inteligência artificial e as práticas artísticas e ativistas. Os ensaios aprofundam questões como transformações do olhar, estéticas da vigilância, a vida urbana mediada por imagens, as novas formas de exclusão, como o racismo algorítmico, a cultura da memória do tempo do digital e a pandemia das imagens do coronavírus
no Brasil e no mundo.

Tratam-se de artigos sobre políticas da imagem no mundo contemporâneo. Do surgimento da fotografia e cinema, nunca houve um processo de transformação tão radical quanto o do nosso tempo. As imagens tornaram-se as principais interfaces de mediação do cotidiano, da comunicação, das relações entre pessoas,
de estéticas da vigilância.

Giselle Beiguelman é formada em História na FFLCH–USP e Doutora em História Social. É artista e professora livre-docente da FAU–USP. Promove intervenções artísticas no espaço público e com mídias digitais. Entre seus projetos recentes, destacam-se Memória da Amnésia (2015), Odiolândia (2017), Monumento Nenhum (2019) e nhonhô (com Ilê Sartuzi, 2020). Foi curadora do projeto Arquinterface: A cidade expandida pelas redes (2015). É membro do Laboratório para Outros Urbanismos (FAU-USP) e do laboratório interdisciplinar Image Knowledge, da Humboldt-Universität zu Berlin, e coordenadora do Gaia (Grupo de Arte e Inteligência Artificial do Inova–USP). Suas obras integram acervos de museus no Brasil e no exterior, como o ZKM e o Jewish Museum Berlin, na Alemanha; o Latin American Colection – Essex University, na Inglaterra; o Yad Vashem, em Israel; e o MAR, o MAC-USP e a Pinacoteca de São Paulo, no Brasil. Recebeu da Associação Brasileira dos Críticos de Arte o Prêmio abca 2016, na categoria Destaque. Suas pesquisas abordam a produção e a preservação de arte digital; arte e ativismo na cidade; e as estéticas da memória no mundo contemporâneo. Foi editora-chefe da revista Select de 2011 a 2014 e é colunista da Rádio USP e da revista Zum.

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Manual de Inteligência Artificial no Direito Brasileiro

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Voltada a advogados e profissionais do Direito, estudantes e pesquisadores, o Manual de Inteligência Artificial no Direito Brasileiro aborda a IA no Poder Judiciário, Lei Geral de Proteção de Dados, mudanças e impactos na sociedade. Como não poderia ser diferente, as transformações também A obra é uma referência neste novo campo de conhecimento. Apresenta uma análise do uso atual de IA no Poder Judiciário brasileiro e uma metodologia prática para projetos de pesquisa e desenvolvimento em IA e Direito, tradução de conceitos do campo da tecnologia ao campo jurídico de maneira clara e acessível. Livro escrito por Fernanda de Carvalho Lage. É professora adjunta da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB). Doutora em Direito pela UnB. Advogada e pesquisadora na área de Direito e Inteligência Artificial, do Grupo certificado pelo CNPq DR.IA – Direito, Racionalidade e Inteligência Artificial na UnB. Membra da Associação Ibero Americana de Direito e Inteligência Artificial AI- IA. Professora integrante do Núcleo Interamericano de Direitos Humanos (NIDH) da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Professora visitante da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidad Javeriana, na Colômbia.

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