É importante lembrar que crime antecede seu direito de liberdade! Quando a sua opinião tem por si só um debate imaginário centrado em um projeto de genocídio em massa, sua condição enquanto um ser pensante e que questiona deixa de ser expressão pra se tornar a legitimação do ódio.

Lembrem-se que discursos também são matrizes que condenam determinados corpos a morte e tortura.

O discurso é um campo de narrativa, linguagem e estética. Existe um campo de batalha, as disputas ideológicas interferem diretamente em nossos comportamentos.

Por isso é que opiniões estruturam ações. A opinião não vem carregada de “achismos”, e muito menos de embasamento.

Essa opinião nazista vem carregada de estruturas sociais dominantes! Uma visão de mundo colonial, implementada até os dias de hoje.

O que se torna materializado no campo verbal são apenas pactos de preservação do poder e do holocausto.

Pensamento também é político, assim como política também se estreita ao pensamento!

Incentivar o ódio, tortura e morte não é “liberdade de expressão”, talvez até seja para um corpo como o do Monark (homem cis branco hétero) já que fora ensinado e moldado a visualizar a lógica de que o seu privilégio vem antes de qualquer crime que cometa e que, por isso, não há punição.

Ou seja, existe um outro debate: a quem é dado o direito de “liberdade de expressão”? Quem tem o direito de expressar algo, e inclusive ser escutado?

Logo, por entender que o mundo se dinamiza a partir do seu poder enquanto engrenagem branca, não há possibilidade de intervirem a sua liberdade de fazer o que quiser, e quando quiser.

Para o corpo que é conduzido a performar o senhor de engenho, a falta de liberdade é daquele que ousar em problematizar e criminalizar os seus comportamentos.

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