Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Acompanhei as Olimpíadas de Tóquio, apesar dos horários desconfortáveis. Pelo prazer de assistir a peformance dos maiores atletlas do mundo e para torcer pelos nossos.

Quem assistiu, pôde extrair muitas lições e perceber mudanças que estão acontecendo no mundo neste início de século.

Como se a humanidade tivesse dado visibilidade nos jogos Olímpicos dos avanços e atualizações comportamentais e de relações entre os diversos grupos humanos que compõe essa maravilhosa diversidade humana.

Tive uma boa sensação diante da participação brasileira. Senti, pelo espírito geral dos atletas e equipes que nos representavam, de que já estamos saindo da bad trip que o Brasil está vivendo.

Nossos atletas brilharam e mostraram a força do povo brasileiro. Mesmo diante do momento tenebroso que estamos vivendo, da precariedade do apoio ao esporte no Brasil e das péssimas condições de treinamento e as dificuldades, para esses atletas, quase todos de origem pobre, para a prática das diversas modalidades de esportes.

Resiliência e superação foram palavras presentes nas narrações. Foram capazes de concorrer e vencer em muitas modalidades e conseguimos bater nosso recorde de medalhas.

E, muitos manifestaram empatia e consciência com as dificuldades do povo brasileiro na atual conjuntura e com as vítimas da Covid. Aqui e ali, falavam contra o racismo, a homofobia e a misoginia e desejaram melhorias para o povo brasileiro.

Outro fato incontestável que me chamou a atenção foi que a maioria dos medalhistas brasileiros são mulheres, negros, homossexuais e nordestinos, os discriminados no Brasil.

Um alento e uma sensação de que o tempo pós pandemia e pós Bolsonaro será de muita força e muita renovação. O Brasil está pronto para voltar a sonhar com um futuro. Teremos muito trabalho para reconstruir o que foi destruído no país, mas temos um povo com uma força e uma determinação que ficou bastante visível nesta Olimpíada.

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