Tati está na elite do surfe desde 2015. Em 25 de julho foi eliminada das Olimpíadas, mas esteve na competição para provar que as mulheres podem dominar as pranchas

Foto: Jackson Van Kirk/WSL

Por Sabrina Ferrari

Logo que as Olimpíadas começaram, o nome de uma atleta passou a ser muito comentado, principalmente por ser uma das favoritas à medalha no surfe. Tatiana Weston-Webb pode ter sido eliminada da competição no dia 25 de julho, mas ela deixa o legado de que as mulheres são mais fortes que qualquer onda, e, não há quem derrube quem corre atrás dos sonhos, mesmo que eles tenham que ser adiados.

Tatiana nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, mas logo cedo a família mudou para o Havaí. No entanto, o coração brasileiro continuava batendo forte e a gaúcha resolveu representar o país em competições. Ela se tornou uma das principais referências no esporte, ao lado de Silvana Lima, é influência para que mulheres dominem espaços no surfe.

Aos 25 anos, a atleta disputou o surfe, sendo um dos esportes estreantes nas Olimpíadas, na praia de Tsurigasaki, que fica a aproximadamente 100 km da capital do Japão.

Na vida de Tatiana, a influência para que se tornasse surfista estava ao seu lado. O pai dela, Douglas Weston-Webb, é um surfista inglês e a mãe, Tanira Guimarães, é bodyboarder. O amor pelo mar é de família, assim como o talento. Aos 8 anos, a jovem esportista começou a surfar após ver o irmão mais velho, Troy, praticando. Porém, antes de se apaixonar pelas pranchas, ela jogou futebol.

Em entrevista ao Hardcore, a jovem falou sobre o amor da família por esportes e como crescer no Havaí influenciou na carreira. “Ser surfista foi uma coisa bem natural. Eu jogava futebol, mas depois comecei a surfar, porque eu fazia tudo que meu irmão fizesse. Ele começou a surfar e eu segui, mas acabei ficando apaixonada pelo surfe”.

Reconhecimento

Tatiana estreou no circuito mundial da World Surf League (WSL) em 2015, e, posteriormente, foi considerada parte da elite feminina do surfe, tão comentada durante a transmissão do esporte nas Olimpíadas. Neste ano, ela conquistou a vitória no WSL, no Margaret Pro. Atualmente, é a quarta colocada do ranking da Liga Mundial de Surfe, sendo um dos nomes mais fortes do mundo quando o assunto é o esporte.

O fato é que a surfista já ganhou o coração dos brasileiros há muito tempo. Entre as curiosidades sobre Tati, está a que ela foi dublê no filme Sou Surfer. Além disso, a jovem que nasceu em Porto Alegre e foi viver no Havaí, recebeu o apelido de havaiucha. E, vale lembrar que ela é goofy, ou seja, surfa com o pé direito na frente da prancha.

Texto realizado para cobertura colaborativa da NINJA Esporte clube

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Colunista NINJA

Memória, verdade e justiça

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Andréia de Jesus

PEC das drogas aprofunda racismo e violência contra juventude negra

Márcio Santilli

Através do Equador

XEPA

Cozinhar ou não cozinhar: eis a questão?!

Mônica Francisco

O Caso Marielle Franco caminha para revelar à sociedade a face do Estado Miliciano

Colunista NINJA

A ‘água boa’ da qual Mato Grosso e Brasil dependem

Márcio Santilli

Mineradora estrangeira força a barra com o povo indígena Mura

Jade Beatriz

Combater o Cyberbullyng: esforços coletivos

Casa NINJA Amazônia

O Fogo e a Raiz: Mulheres indígenas na linha de frente do resgate das culturas ancestrais

Rede Justiça Criminal

O impacto da nova Lei das saidinhas na vida das mulheres, famílias e comunidades

Movimento Sem Terra

Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária do MST levanta coro: “Ocupar, para o Brasil Alimentar!”