Nos governos de Jair Bolsonaro e de Gladson Cameli, a mentira parece ser o método de construção política.

Enquanto o presidente da República segue com sua cruzada negacionista, anti-vacina, pró-cloroquina, atribuindo informações falsas sobre uma suposta super notificação de mortes por covid-19 a um inexistente relatório do TCU, tentando desestimular o uso de máscara e a adoção dos demais cuidados que visam desacelerar o contágio do novo coronavírus, o governador do Acre apronta mais uma da série “tua palavra não vale um risco n’água.”

Dessa vez, Gladson anunciou um tal de “superpacote” com um conjunto de 11 medidas supostamente inovadoras para a Educação. Seria uma tentativa de resposta à greve da categoria, deflagrada há um mês e que ainda persiste.

O problema é que, de todas as medidas anunciadas, apenas duas são, de fato, novidade. E detalhe: uma delas, que é o pagamento do Auxílio Alimentação, exigido na greve, foi prometido somente para 2022.

A outra, o apoio financeiro para que professores e alunos das escolas públicas tenham garantia de acesso à internet durante a pandemia, de modo a viabilizar a interação virtual e suas participações nas aulas on-line e demais atividades remotas, vem com mais de 1 ano e 6 meses de atraso, depois de inúmeras tentativas de deputados oposicionistas da Assembleia Legislativa do Acre, que viram suas propostas idênticas serem rejeitadas pela base Governista na Aleac.

Todas as demais medidas que foram apresentadas já estão garantidas em lei e são obrigações cotidianas da Secretaria de Educação que precisam ser cumpridas: pagamento do Prêmio de Valorização e Desempenho Profissional (VDP), do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), complementações, dobras, salário dos terceirizados, adequação das escolas às normas sanitárias para o retorno às aulas presenciais… Só isso!

O fato é que esse modo de proceder não é novidade nenhuma. De compromisso em compromisso não cumprido, o governo da segurança, do agronegócio e do slogan “dinheiro tem, o que falta é gestão” vai tendo que se apegar a sofismas, na tentativa de dar alguma resposta a população, que aguarda ansiosa pelas mudanças prometidas. Haja maquiagem pra tanta cara de pau.

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