“Na rua eu fui entendendo que eu era preta, eu fui entendendo que eu vinha da favela, eu fui entendendo que eu vinha de uma série de lugares que me fazia cada vez menos humana e era urgente e necessário que eu começasse a lutar pra que nós pudéssemos ter voz e entendi também que quando nós temos voz a sociedade inteira tem voz”. – Erika Hilton é mulher, transvestigênere e negra, ativista dos direitos humanos, digital influencer sobre temas LGBT e de combate ao racismo, ajudou a fundar o cursinho pré-vestibular Transformação, estudou Gerontologia na UFSCar e está candidata à vereadora em São Paulo.

Em 2018 assumiu o cargo como uma das co-deputadas do mandato coletivo da Bancada Ativista (agora Mandato Ativista) na Assembleia Legislativa de São Paulo e isso possibilitou o entendimento ainda mais profundo sobre a importância do trabalho coletivo e do desenvolvimento de políticas públicas, e para além dessa luta institucional a própria vivência da candidata reflete essa importância: “Jogada pra rua, vivenciando a prostituição, vivenciando um corpo abjeto nas cidades por onde passei eu comecei a entender que se não houvesse políticas públicas pra o meu corpo, que se não houvesse pessoas comprometidas com as pautas dos mais pobres, com as pautas dessa camada mais baixa da pirâmide social a gente nunca ia conseguir avançar.”. As lutas defendidas pela candidata trazem a força da sua trajetória, que leva atenção para temas sensíveis que são tratados de forma honesta e coerente.

“O projeto político que eu proponho é um projeto político de muitas vozes, é um projeto político que dialoga e é construído com várias vivências, com várias realidades, com várias humanidades, por isso que eu sou uma possibilidade, uma alternativa para o enfrentamento de todos esses desafios e essas dificuldades que nós temos na cidade de São Paulo.”

 

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Hoje não há nenhuma vereadora negra e nunca houve nenhuma vereadora trans em São Paulo. Erika Hilton acredita que é preciso ocupar esses espaços para não só construir uma nova política, que inclua a todos, mas também concretizar sua luta principalmente em projetos como o fortalecimento do investimento no SUS enquanto pilar principal na área da saúde, na educação a inclusão de metas de desempenho para a redução das diferenças de aprendizado entre alunos de diferentes perfis no Plano Municipal de Educação, com a desagregação de indicadores de desempenho por raça, gênero e renda; além de outras áreas como as bandeiras LGBTQIAP+, a defesa do direito das mulheres viverem com dignidade e a garantia de um mandato transparente e participativo.

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