A Câmara de São Paulo continua naquele cenário velho, branco e hétero de sempre. Nenhuma mulher negra, nenhuma mulher trans. Quarenta por cento são milionários. E as leis refletem esse jogo de interesses da péssima política. A Bancada Feminista, formada por Silvia Ferraro, Paula Nunes, Carolina Iara, Dafne Sena e Natalia Chaves, trabalha para mudar essa realidade e levar pautas da periferia, de negritudes, de trans e LGBTQIAP+, da saúde da mulher, do veganismo popular e do ecossocialismo.

Pensar em ocupar a Câmara de forma coletiva é pensar como questionar o modelo iconoclasta, messiânico e personalista de fazer politica. Juntar cinco mulheres, de diferentes regiões da capital, representando movimentos sociais e a população excluída hackeia o sistema. Propondo o feminismo como única saída para repensarmos os efeitos devastadores de nossa cultura machista e patriarcal.

“O movimento feminista é isso, somos muitas, representamos diversas pautas e pautas concretas. Tem um lema do feminismo que é ‘A gente anda melhor quando a gente anda juntas’, é muito mais gostoso, faz mais sentido e tem muito mais significado para aquilo que defendemos estar numa bancada e não sozinhas.”

 

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O principal desafio da Bancada Feminista é promover mobilização social num ambiente tão elitista e segregado como a CMSP. Mais representatividade feminina significa devolver ao povo nossa casa, não apenas criando representações de minorias, periferias e outras comunidades, mas fazendo política no cotidiano, neste caso, multiplicada por cinco. “Para que movimentos sociais tenham espaço e sejam bem recebidos, não com bala de borracha, mas de braços e portas abertas.”

A candidata Silvia Ferraro é professora da rede municipal de São Paulo, feminista e mãe da Vitória que a acompanha em todas as lutas. As co-candidatas são Paula Nunes, advogada criminalista, defensora de direitos humanos e ativista do movimento negro. Natalia Chaves, tradutora, nasceu e foi criada na periferia da Zona Leste, militante ecossocialista por um veganismo popular. Caroline Iara, travesti intersexo negra, vive com HIV há 6 anos, trabalha na saude público como servidora e Dafne Sena militante ecossocialista, formada em direito, presta serviço via aplicativo e é vegana por um veganismo popular

Além da legislação e fiscalização, papeis fundamentais da vereança, a Bancada tem foco central na mobilização social. Fazendo o parlamento cumprir o seu papel, trazendo temas e pessoas antes marginalizadas para o centro do debate público, aumentando a frequência e a participação popular na casa do povo.

E como funciona essa mandata coletiva?

“Cada uma de nós trabalhando com as pautas, demandas muito ligadas à luta dos movimentos sociais da cidade de São Paulo. Aprofundar esse vinculo com o povo, com cada pauta, com cada luta, a gente se coloca como mulheres de todas as lutas.”

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