Ao contrário dos torturadores que não confessam publicamente as milhares de pessoas que sofreram em suas mãos covardes por dias, semanas e meses, muitas até a morte, quando desapareciam com seus corpos em cemitérios clandestinos, ou em covas clandestinas de cemitérios públicos, o Presidente da República, sem vergonha, sempre defendeu publicamente esses crimes contra a humanidade.
Na ditadura militar, financiada pelos Estados Unidos e transnacionais, além de banqueiros e empresários brasileiros, essas atrocidades aconteciam dentro de repartições públicas da polícia e das Forças Armadas. Embora escondida em porões, tratava-se de uma política de Estado da ditadura civil-militar. O decreto-lei 898/1969 autorizava qualquer encarregado da polícia a prender alguém, sem flagrante, quer dizer, sem que estivesse cometendo crime, sem ordem judicial, e a pessoa ficava por 60 dias sem comunicação com a família ou advogado. Sair da cadeia, só se fugisse, pois o AI-5 acabou com o habeas corpus, o remédio heróico da liberdade.
Bolsonaro infringe determinações sancionadas por ele mesmo, que seriam para impedir a propagação do coronavírus, praticando diariamente o crime do artigo 268 do Código Penal. Tem plena consciência de que milhares de pessoas morrerão todos os dias sem conseguir respirar, torturadas como George Floyd em Minneapolis e os brasileiros nas favelas e na ditadura militar. Portanto, não causa espanto que ele diga que todos iremos morrer, nem faça descaso pelas condições terríveis da morte, seja num pau-de-arara ou por asfixia.
Fazendo uma analogia com as pessoas desaparecidas na ditadura sem que suas mães pudessem enterrá-las, o governo brasileiro omite os mortos pela COVID-19 registrados e enterrados em covas coletivas sem a presença de seus familiares.
Mas o povo brasileiro vem reagindo, principalmente com sua sensacional juventude anti-racista, anti-fascista e anti-machista, que agora voltou às ruas contra a hipocrisia e em defesa da democracia. Nossa luta respira a pulsão de vida dos médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, motoristas de ambulância, maqueiros, cozinheiros e trabalhadores da limpeza do Sistema Único de Saúde, que arriscam e lutam pelas suas e nossas vidas.
Vamos demonstrar ao mundo que a nossa pulsação de vida bate muito mais forte que a pulsão de morte desse genocida que ocupa a Presidência do Brasil: FORA BOLSONARO!
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