O banditismo bolsonarista mostra todos os seus dentes simbólicos e escancara seu projeto da forma como é: leitinho para os supremacistas brancos e ritual Klu Klux Klan  dos mais para 30 que 300 à frente do STF.

Mais lenha na fogueira da política brasileira, que caminha para um clímax crescente aos índices coronistas. O Brasil bateu a Espanha e a França nos últimos dois dias, já passa dos 30 mil mortos em virtude da pandemia e os números não param de crescer a índices galopantes sob os olhos de desdém da Presidência da República.

O ódio e o racismo aos pretos, pobres, indígenas e tudo que não é hegemônico escorrem vertiginosamente. Para alguns segmentos sociais, como os Jovens Negros – que seguem morrendo nas favelas a exemplo do jovem João Pedro, as opções são parcas: tiro da polícia ou morte por Covid-19.

Em vídeo divulgado na última semana, Guilherme Boulos adensa a discussão pública sobre como dialogar com a população sobre o momento político. As frentes antifascistas, defende, precisam traduzir para a população os efeitos do projeto bolsonarista, visível já no bolso e nas mesas, em especial, das classes populares. O atraso do auxílio emergencial, a destruição da aposentadoria, o preço do feijão, do tomate, do botijão de gás praticamente impraticáveis para aqueles com rendas mínimas. A vida piorou nos últimos anos, só não vê quem não quer, e Bolsonaro não parece ter uma carta na manga para suavizar os efeitos da crise.

Enquanto isso, os EUA entra em ebulição social com a morte de George Floyd, asfixiado criminosamente por um grupo de policiais em Minneapolis, e expõe o já conhecido racismo institucional, agora filmado e amplamente divulgado nas redes sociais. Ruas tomadas nos EUA em reação, prédios queimados e recado claro de ´Sem justiça sem Paz´ (No Justice no Peace).

No Brasil, torcidas organizadas partem para as ruas com urgência em resposta à escalada do fascismo e do golpe governista. Sem uma reação à altura por parte das instituições diante dos crimes suscetíveis de Bolsonaro, sobra à sociedade civil organizada cumprir o seu papel e riscar o chão com o pincel da sensatez.

Há dois mundos defrontes, se confrontando claramente. O novo e o cadavérico, o filho do século XXI e outro estrebuchante. O comentariado emerge como protagonista. Eduardo Moreira sintetiza a reação e crava: “Somos 70 porcento!”. Injeção de adrenalina contra o marasmo.

O momento é decisivo e nossa democracia ainda transpira. Todos são convocados para se manifestar. Não haverá amanhã para a covardia. Eles pressionam e seguem derrubando os muros confortáveis onde tentam se achegar alguns. As opções são claras, Bolsonarismo ou democracia. Democracia com luta, ou não haverá.

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