Clipe Exclusivo: liberada primeira faixa de Não é Bem Assim

Foto: Rodrigo Onzi

“Acreditamos na positividade, na amizade, na paz e no amor/ Mas no calor desse momento não nos pegam/ Dançando uma ciranda”

As primeiras diferenças que se notam no novo trabalho da banda Cuscobayo são a presença de sintetizadores, um novo gás no baixo e a progressão das composições. Se antes o som era mais orgânico, agora há um ambiente sonoro construído para acompanhar a percussão, que continua sendo o que há de mais potente. Também se vê a diferença no discurso, agora pouco menos otimista, nada ameno, já antecipado em Roda da Fortuna. Em O Brasil Vai Acabar single que será lançado nesta sexta (1), o grupo antecipa o que está por vir no próximo álbum. E o S.O.M traz pra você o lançamento com exclusividade.

Produzido por Matheus Fighera, Rossano MartinsMarcos Marin o vídeo tem um enredo que ilustra bem essa mudança de humor, refletindo a atual conjuntura. A narrativa é inspirada no inferno de Dante Alighieri em Divina Comédia e representa bem o 2020 brasileiro.

Alguém consegue ver algum futuro nesse país da forma que está sendo gerido e da forma com que muitos dos nossos compatriotas estão desenganados? O poço no qual se encontra o Brasil parece não ter fundo, e a impressão é que este país está literalmente a ponto de se acabar”.

— provoca o vocalista Rafael Froner

O lançamento você vê primeiro aqui:

Clique aqui e siga o canal da Cuscobayo.

 

O Rio Grande do Sul entrega, geração após geração, música boa e sintonizada com o tempo. De Júpiter Maçã a Cachorro Grande, o Brasil canta refrões que marcaram, tendo o rock como forte junto de influências que atravessam as fronteiras da América. Só que nesta década o movimento tem se invertido. Com a inclusão de novos instrumentos, estéticas vocais e o pensamento decolonial cada vez mais difundido, a popularização de sonoridades continentais fica evidente.

Dessa trajetória surge em 2012 Cuscobayo formada por Marcos Sandoval (voz e cajon), Alejandro Montes (trompete), Rafael Froner (voz e violão), Pedro Ourique (baixo) – o mais recente – e Rafael Castilhos (percussão) que muda o ritmo da coisa e apresenta em 2013 o inaugural EP Na Cancha.

O coro junto do cajon e o trompete são os elementos-chave que distinguem o som do grupo. Dançando entre a murga, o candomble e a cumbia no primeiro álbum de 2016, chegaram agora ao xote com direito a triângulo e estão prontos para apresentar o segundo trabalho “Não é Bem Assim“, gravado com apoio da Natura Musical. A produção demonstra a evolução dos músicos e muda também o tom das letras, como antecipado para o blog de Pedro Antunes em 2017 “Agora nossas músicas são muito mais adultas e focadas em problemas, deixamos de lado esse sonho” .

— Felipe Qualquer
[email protected]

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