Boneco do juiz Sérgio Moro fantasiado de Judas Fariseu.

Boneco do juiz Sérgio Moro fantasiado de Judas Fariseu.

Vou à Curitiba porque entendo que o juiz assumiu o papel de acusador e de perseguidor, quando deveria ser a garantia de um julgamento justo.

Vou à Curitiba porque na fé cristã há um elemento que chamo de enfrentamento.

No enfrentamento, em nome do Senhor, denunciamos, com palavras e atos, o mal nas instituições e na história, como Jesus fez ao expulsar os cambistas do Templo de Jerusalém; ao resistir ao Rei Herodes, mero fantoche da potência estrangeira que oprimia ao povo; ao se negar a ser interrogado por Anás, usurpador do sumo-sacerdócio por conivência ao Império opressor; e ao denunciar a ilegitimidade de Pilatos, representante da potência estrangeira e opressora.

A necessidade de enfrentamento acontece em situações onde os sermões precisam ser seguidos de atos de denúncia e de protesto, como o fez o Senhor Jesus, mesmo quando em estado de subjugação pela força.

A Igreja do Cristo não é mera espectadora da história, até porque o cumprimento da sua missão exige interação com a humanidade no seus vários contextos. Jesus de Nazaré cumpriu a sua missão por meio da proclamação, das boas obras, do enfrentamento e do sacrifício. O seu exemplo é um chamamento.

Por isso, vou à Curitiba. Todos os interessados na instrumentação do judiciário para fins de ordem ideológica ou mero justiçamento, por quaisquer que sejam os motivos, precisam saber que aqueles que primam pelo respeito à cidadania não assistirão, sem denúncia e protesto, a tal espetáculo de horror.

Por isso, em nome da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, vou à Curitiba! Vou por respeito à cidadania e ao cidadão que, por sua biografia e pelo que representa, deveria, ao menos, ter o direito de ter a sua cidadania tratada com a deferência que reza a lei.

E, neste momento, entendo que o cidadão, em questão, representa a todos os cidadãos que, por motivos inconfessáveis como o racismo, a misoginia, o preconceito por motivos econômicos ou geográficos e demais fobias sociais são aviltados em seus direitos; assim como representa aos trabalhadores a quem, de forma ostensiva e sobremodo ofensiva, está sendo apontado o caminho da escravidão.

Vou à Curitiba!

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