Texto por Hendson Santana, colaborador da Mídia NINJA

O ato na Casa Das Pretas, localizado no bairro da Lapa, foi mais uma das ações que vem dando sequência as homenagens a vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março. A Casa das Pretas foi o último local onde Marielle esteve antes de ser executada.

Foto: Felipe Uruatã / Mídia NINJA

A manifestação questionou as arbitrariedades da Polícia nas periferias e, principalmente, a origem da arma que disparou contra Marielle e Anderson. Aos rufos de tambores, mulheres pretas muito emocionadas, puxaram vários mantras relembrando a luta e a resistência afro-religiosa, defendida pela vereadora.

Foto: Luisa Medeiros / Mídia NINJA

“Eles acham que dando tiro na nossa cabeça vão destruir nossos sonhos e a nossa força, a prova disso está aqui hoje” . disse Elisa Fernandes cantora e compositora.

A concentração foi tomada por mais emoção, a cada mulher preta que testemunhava suas experiências ao lado de Marielle, eleita com mais de 46 mil votos para vereadora do Rio de Janeiro, tornando-a a voz das mulheres negras, lésbicas e faveladas na política. Marielle é símbolo global.

Foto: Felipe Uruatã / Mídia NINJA

Em seguida, o grupo Panteras Negras, chama todas as mulheres pretas, membros de movimentos negros, artistas, educadores, movimento LGBTQI+ para uma marcha até a esquina da quadra, onde foi colocada uma placa nomeando a rua de “Rua Marielle franco” em memória da vereadora.

Foto: Luisa Medeiros / Mídia NINJA

“Não devemos perguntar quem matou Marielle, mas quem mandou matar Marielle Franco, porque o preto da favela não morre pelas mãos de quem é da favela, mas deste Estado covarde e perverso”, disse a porta voz das Panteras Negras.

O ato é finalizado com a performance da Orquestra de Berimbaus e Capoeira da Angola, que cantam sua poesia dedicada a Marielle: “mulher guerreira, boa viagem!”

 

Foto: Felipe Uruatã / Mídia NINJA